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    Linhas de crédito do SuperaRJ garantem pequenos negócios, segundo AgeRio

    Publicado 05/07/2021 às 12:37 | Autor: Plantão Enfoco
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    Financiamentos de até R$ 50 mil renovam as esperanças de comerciantes que se preparam para vendas no segundo semestre. Foto: Phillipe Lima/Governo do Rio

    Desde o último dia 28 de junho que Helder Cristiano de Carvalho se divide entre a Vila Cruzeiro, na Penha, e o Jacaré, bairros da Zona Norte da capital. A segunda filial da sua spaghetteria acaba de ser inaugurada e é fruto do investimento do microempresário, de 34 anos, um dos contemplados pela linha de crédito do SuperaRJ - por meio da Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio). Com o financiamento de cerca de R$ 4 mil, Helder recuperou alguns equipamentos e conseguiu abrir a loja no Jacaré. Ambas trabalham no formato delivery e contam com a ajuda dos aplicativos de entrega rápida de refeições em domicílio.

    "Além do conserto da geladeira, fiz algumas obras de adaptação na loja da Vila Cruzeiro. Com outra parte do dinheiro, adquiri um computador para a filial do Jacaré, o que faltava para abrir a loja. Meu projeto é deixar uma parte da verba para fluxo de caixa porque aprendi que é muito importante. A loja não pode ficar no zero", disse o empresário, de 34 anos.

    O programa do Governo do Estado é um benefício para micro e pequenos empresários, microempreendedores individuais (MEIs), profissionais autônomos ou informais, público que mais sofreu com os impactos provocados pela pandemia da Covid-19. O SuperaRJ também conta com o formato do auxílio emergencial para pessoas que se encontram em situação de pobreza e extrema pobreza, além daquelas que perderam empregos.

    "Perdi amigos e conhecidos para a Covid-19, mas, em termos financeiros, a pandemia deu uma ajuda ao meu negócio por trabalhar com entregas de comida. Eu soube aproveitar e tirar dela a parte boa", disse Helder, que emprega três pessoas na loja da Vila Cruzeiro, onde também mora.

    Dono da spaghetteria, ele destacou a importância do projeto do governo:

    "Muitos empreendedores, como eu, fecharam as portas porque não conseguiram sobreviver à pandemia. Um dos nossos entregadores, inclusive, tinha uma loja e não conseguiu mantê-la. O governo teve uma iniciativa legal porque ajudou e conheci pessoas que até cresceram nesse período. É um empurrão muito necessário", comentou.

    Estoque renovado para as festas de fim de ano

    Em Varre-Sai, no Noroeste do estado, o casal Edna e Josimar Vieira conseguiu reabrir a papelaria que administram após linha de crédito de R$ 8,6 mil obtida pelo SuperaRJ. O estabelecimento chegou a ficar fechado durante um mês, entre os meses de março e abril do ano passado.

    "O fechamento foi bem ruim, mas o pior momento foi no início deste ano porque juntou as férias escolares com o movimento, já que vinha fraco desde 2020. Com essa verba, vamos comprar novas mercadorias para o estoque com foco no segundo semestre. Estamos com a expectativa de que as vendas comecem a melhorar a partir do Dia das Crianças", disse Josimar.

    O comerciante soube do programa estadual pela televisão, e todos os documentos já estavam separados, só no aguardo do início das inscrições, no início do mês de junho.

    "Eu tive uma experiência não muito boa em outras tentativas de conseguir crédito, mas essa foi bem tranquila. Todo o processo durou entre 10 e 15 dias até a liberação do dinheiro. Estamos com cerca de 40% do volume de vendas, mas esperamos que, com a vacinação em ritmo acelerado na cidade, as coisas na região voltem ao normal", salientou Josimar.

    Foco no e-commerce

    Quando teve a ideia de montar um negócio próprio, a estilista Vanessa Marcelino, de 35 anos, já pensava em investir no comércio online de roupas femininas e acessórios. Mas teve receio de que uma marca nova – a Una Trend – não ficasse conhecida. A opção pelo investimento no ponto físico foi a alternativa encontrada e, atualmente, a confecção funciona em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

    Com o fechamento do comércio, em 2020, em virtude das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus, o antigo plano foi colocado em prática: os produtos começaram a ser divulgados nas redes sociais e contato com clientes foi feito por meio de aplicativos.

    "Quando teve início a retomada, estávamos sem dinheiro para investimento, principalmente para seguir com a venda online e estoque", lembrou Vanessa, que emendou explicando de que forma o crédito de cerca de R$ 28 mil do SuperaRJ será usado:

    "Já começamos a nos organizar na nova sala, que servirá de ponto de apoio para a loja, com parte do estoque, e local para fotos para o ambiente virtual. Em breve, até início de agosto, o site estará no ar. Estamos bem otimistas e com boas expectativas para a época de fim de ano. Não vamos fechar a loja física que, inclusive, está com processo seletivo aberto para contratação de dois funcionários", disse ela.

    Localizada no mesmo prédio, a nova sala foi alugada há pouco tempo e começa a tomar forma de escritório. Para ano que vem, mais planos: a aposta será no atacado, segundo Vanessa, que desenha as próprias roupas da loja.

    "Um programa como esse é o caminho para a retomada da economia. Parado não dá para ficar. É investir em quem quer trabalhar. Faremos quatro anos com a loja em Copacabana e gostamos muito deste ponto por receber muitos turistas. Por isso, a ideia de investir no comércio virtual porque, quem conhecer a marca, poderá encontrá-la em qualquer parte do mundo", concluiu Vanessa.

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