Risco
Justiça proíbe crianças de desfilarem nos grupos de acesso no Rio
Escolas de samba vão recorrer da decisão
A Justiça do Rio de Janeiro proibiu, na última terça-feira (14), que crianças e adolescentes desfilem em escolas de samba das divisões do acesso do Carnaval carioca devido ao risco de balas perdidas no local escolhido como palco dos desfiles. A decisão foi tomada pela juíza Mônica Labuto Fragoso Machado, titular da 3ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.
Os desfiles que anteriormente estavam marcados para acontecer na Estrada Intendente Magalhães, agora passam a ser na Avenida Ernani Cardoso, perto do Morro do Fubá, em Campinho, na Zona Norte do Rio, onde nas últimas semanas vem acontecendo uma guerra entre traficantes e milicianos.
Um ofício foi entregue aos representantes da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) e da Superliga, responsável por organizar os Desfiles das Escolas de Samba da Série Prata, Bronze e Grupo de Avaliação, no qual foi comunicado que "não serão expedidos alvarás judiciais autorizando a participação de crianças e adolescentes no evento intitulado de 'Novo Carnaval da Intendente Magalhães 2023', com realização prevista para os dias 18 a 26 de fevereiro, na Avenida Ernani Cardoso, em Cascadura".
A Polícia Militar também não se mostrou desfavorável, que mostrou o alto risco de balas perdidas durante algum possível confronto entre a facção criminosa e a milícia na disputa de territórios.
Sobre o caso, a Superliga Carnavalesca do Brasil (Liesb) informou que já está tomando as providências corretas junto com as agremiações para a volta das crianças e adolescentes nos desfiles.
Ainda nesta quinta-feira (16), o presidente da Liesb irá se reunir com os presidentes das agremiações dos grupos de acesso com o objetivo de recorrer da decisão da Justiça.
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