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    Batalha pela vida

    Jornalista com tumor cerebral luta por remédio negado por plano

    Ex-ESPN e O Dia, profissional teve piora no quadro de saúde

    Publicado 07/12/2023 às 19:00 | Atualizado em 11/12/2023 às 14:25 | Autor: Manuela Carvalho
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    Bruno, de 40 anos, luta há dois anos contra o tumor cerebral
    Bruno, de 40 anos, luta há dois anos contra o tumor cerebral |  Foto: Redes Sociais

    O jornalista Bruno Otto Guedes, de 40 anos, vem enfrentando duas grandes lutas diárias. Diagnosticado com um tumor cerebral em 2021, denominado meningioma atípico grau II, ele alega que o plano de saúde SulAmérica nega fornecer o medicamento quimioterápico para o tratamento, que custa em torno de R$ 24 mil. 

    Bruno já teve passagens pela ESPN Brasil e jornal O Dia. Morando em Petrópolis com os pais, Guedes descobriu o tumor em maio daquele ano.

    No mesmo período, o jornalista fez a cirurgia para ressecamento do tumor, contudo, já naquela época, enfrentou problemas na liberação da cirurgia. 

    "O plano, na época Amil, não autorizava a utilização de equipamentos como neuronavegador para a cirurgia. Só sendo realizada através de liminar realizada quase um mês após a internação", relembra o pai, João Pedro Guedes. 

    Pai de um menino de 7 anos, Bruno viu seu pesadelo reviver quando o tumor voltou a crescer em 2023. Ele passou por uma nova cirurgia no dia 23 de março.

    Imagem ilustrativa da imagem Jornalista com tumor cerebral luta por remédio negado por plano
    |  Foto: Arquivo Pessoal

    Acontece que, desta vez, já com o plano SulAmérica, a família foi surpreendida com um novo problema: eles negaram a utilização do equipamento neuronavegador para o procedimento.

    Aspas da citação
    Sendo que a confirmação da negativa chegou três dias após ter sido realizada a cirurgia com neuronavegador, o médico alegou que não poderia esperar mais a resposta do plano, pelo risco de vida que ele corria. O plano não pagou ao hospital a utilização do equipamento
    João Pedro Guedes aposentado
    Aspas da citação

    As contas do hospital chegaram na casa do Bruno e somavam R$ 51 mil.

    Recusa na medicação

    Após a segunda cirurgia, Bruno precisou fazer radioterapia por uma semana. Ele ficou afastado três meses do serviço e, quando reiniciou a rotina, teve uma recaída. Exames específicos comprovaram que seria necessário que o jornalista fizesse o uso de um medicamento chamado Sunitinibe.

    Na prescrição, o uso deveria ser feito em 28 dias, em um ciclo de 42 dias. A família tentou acessar o medicamento via plano de saúde, mas foi negado. Eles entraram contra a empresa na Justiça e, na sentença, o juiz determinou que a SulAmérica tem que pagar a medicação.

    Mesmo com a determinação, a família alega que Bruno ainda não conseguiu a liberação do medicamento

    "A declaração médica revela que o autor, acometido de doença neurológica grave, necessita submeter-se com brevidade a tratamento oncológico. Por isso, não há motivo algum para a ré, operadora do plano de saúde de que ele é usuário, negar a cobertura respectiva", diz o documento.

    Trecho da decisão judicial
    Trecho da decisão judicial |  Foto: Arquivo pessoal

    Mesmo com a determinação, a família alega que Bruno ainda não conseguiu a liberação do medicamento. Por isso, eles recorreram a uma vaquinha online para tentar custear o remédio. A meta é arrecadar R$ 48 mil. Até esta quinta-feira (7), por volta de 11h40, ele havia conseguido R$ 28.974,63.

    A empresa Amil ainda não retornou aos questionamentos. Enquanto a SulAmérica disse que "já liberou os medicamentos necessários para o tratamento e está comprometida em agilizar a sua entrega o mais rápido possível".

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