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    Protesto

    Grito de manifesto por Durval toma as ruas de SG

    Família alerta que tem recebido ameaças

    Publicado 12/02/2022 às 10:22 | Atualizado em 12/02/2022 às 14:49 | Autor: Tiago Souza
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    Protestantes clamavam por Justiça nos arredores da Praça Zé Garoto.
    Protestantes clamavam por Justiça nos arredores da Praça Zé Garoto. |  Foto: Marcelo Tavares

    Familiares, amigos e representantes do movimento negro fizeram uma manifestação, na manhã deste sábado (12), na praça do bairro Zé Garoto, em São Gonçalo. Eles clamavam por justiça pela morte do repositor de mercado Durval Teófilo, de 38 anos, morto pelo próprio vizinho, o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra.

    "Três tiros é execução. Aquele homem que executou Durval era um profissional treinado. Ele sabia o que estava fazendo",  disse Rosa Vitalino, representante do Movimento Negro.

    Segundo o advogado Luiz Carlos de Aguiar, que representa a família de Durval, nesta sexta-feira (11) a Marinha do Brasil foi oficiada a prestar esclarecimentos sobre a morte praticada pelo sargento Aurelio Alves Bezerra em face de Durval Teófilo.  

    A viúva Luziane Teófilo e a filha de apenas 6 anos, já não estão mais morando na casa onde a família vivia há pelo menos15 anos, por conta das ameaças que estão sofrendo, de formas constantes, desde o início das investigações policiais e da cobertura da mídia. 

    Aspas da citação
    Aquele assassino tirou a vida do meu marido
    Luziane Teófilo viúva de Durval
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    Na próxima segunda-feira (14) Luziane vai registrar um boletim de ocorrência. Isso porque as ameaças estão colocando em risco, não só a viúva, mas a filha pequena, segundo afirmou o advogado.

    "Buscamos resposta do Estado do Rio de Janeiro porque ele tem responsabilidade por essas vidas que têm sido perdidas, abatidas de forma covarde. Buscamos igualdade, direito para viver bem", contou Fátima Andréia Monteiro, representante do Movimento Negro.

    Por volta das 10h30, mais de cem pessoas que estavam no ato caminharam até a porta da Prefeitura de São Gonçalo. A caminhada pacífica foi escoltada por policiais militares e guardas municipais.

    "Aquele assassino tirou a vida do meu marido, ele tinha que ser exonerado da Marinha, isso não vai ficar assim. Eu quero que ele apodreça na cadeia. Enquanto eu tiver de pé eu vou lutar por Justiça", disse a viúva Luziane Teófilo.

    O crime

    A vítima foi atingida por tiros na porta do condomínio onde morava com a família, no Colubandê, em São Gonçalo, na noite do último dia 2. Durval tentou abrir o portão de forma manual, já que de forma automática não havia conseguido. Ele teria sido confundido com um ladrão pelo vizinho que chegava de carro.

    À Polícia Militar, Aurélio chegou a contar que chegava em casa quando avistou um homem se aproximando de seu veículo “muito rápido”. O militar afirmou ter atirado três vezes, atingindo a barriga de Durval.

    Em seguida, ele levou a vítima ao Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT). A vítima não resistiu. O militar foi preso e levado para a carceragem da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Posteriormente transferido para o quartel da Marinha.

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