Cidades
Escolas de SG voltam a abrir mesmo sem aulas
Escolas de São Gonçalo deverão reabrir a partir desta quarta-feira (8), segundo determinação da Prefeitura, publicada em Diário Oficial nesta terça. O retorno presencial será dos profissionais que trabalham nas unidades municipais de ensino, embora as aulas continuem suspensas. A partir de agora, o funcionamento das escolas vai ocorrer apenas com atividades administrativas e por escalas.
Servidores das secretarias e direções, além de funcionários de apoios (inspetores, auxiliares de serviços gerais e merendeiros) voltam aos respectivos postos. Procurada, a Prefeitura ainda não detalhou os motivos do novo decreto.
Durante este período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), escolas de período diurno estarão abertas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h para receber os funcionários. Já aquelas unidades de período diurno/noturno estarão funcionando todas as segundas, quartas e sextas-feiras das 8h às 14h e terças e quintas-feiras, das 13h às 19h.
Apesar do documento deixar claro que as medidas previstas no decreto assinado pelo prefeito José Luiz Nanci poderão ser reavaliadas a qualquer momento, a novidade não agradou funcionários de escolas.
Este foi o caso de uma servidora, de 41 anos, que trabalha em uma unidade no Jardim Catarina, que preferiu não se identificar.
"Nós fomos surpreendidos. Como pode um prefeito passar por cima do decreto do governador e da própria Organização Mundial de Saúde? O prefeito tem direito sobre o município dele, desde que não atente a nossa saúde. Vamos correr risco de morte. Então, mesmo que ele decrete que tenhamos que ir trabalhar é crime", lamenta.
Em casa há cerca de 15 dias, desde a recomendação de isolamento social feita pelo Governo do Estado, ela conta que a escola na qual trabalha vinha enviando atividades para os alunos matriculados por meio de grupos virtuais referentes ao ano escolar de cada estudante.
A unidade de ensino da qual faz parte trabalha com alunos do primeiro segmento (1º ao 5º ano), além de receber estudantes do 6º ao 9º ano e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
"A gente pedia que os alunos fossem copiando em seus cadernos e ir nos chamando no privado quando houvessem dúvidas. A Secretaria de Educação nos pediu que criássemos grupos e que a gente estivesse mandando as atividades durante a quarentena. Mas foi um pedido à direção, que teria que falar com os professores, cabendo a eles a vontade de enviar os exercícios ou não", explica a funcionária.
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