Cidades
Entregadores de aplicativo fazem paralisação em Niterói
Entregadores de aplicativos realizam, nesta sexta-feira (15), uma paralisação, para pleitear melhores condições de trabalho. Cerca de 40 profissionais fizeram um ato pela manhã na Rua Mem de Sá, em Icaraí, Zona Sul de Niterói.
O ato reuniu profissionais de Niterói e São Gonçalo. A categoria pede que as empresas realizem o fim de rotas duplas, reajuste acima de 8% por KM rodado, fim das entregas sem código e de transparência em desativações no aplicativo.
Segundo os organizadores, a paralisação deve se estender até o dia 21 de outubro.
"Nós temos que guerrear, pois trabalhamos, às vezes, 12 horas consecutivas e tem um momento que cansa. Nós precisamos de melhorias, precisamos ter ligação direta com as empresas, que vêm cada vez mais nos sugando. Tem uma galera que é nova na categoria e já está indignada com a situação", disse o entregador Rafael Simões.
Apesar do ato acontecer em Icaraí, entregadores de outras regiões também estavam apoiando a ação, de acordo com Simões.
"A galera sangra junto. Temos pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu... do Brasil todo. A galera vai dando força um para o outro através de grupos de Whatsapp".
Segundo os motoboys, a taxa de serviço de R$ 5,31, fornecida pelo iFood, está abaixo do ideal. Conforme os entregadores, há uma proposta da empresa de reajuste em até 8%. Mas com isso, segundo os reclamantes, o aumento seria de apenas R$ 0,43.
O vereador de Niterói, Paulo Eduardo Gomes (PSOL), esteve no local em apoio ao ato.
"Recentemente, na Câmara, nós tivemos que fazer um projeto de lei que obrigasse os donos de restaurantes a permitirem que os entregadores utilizassem os banheiros dos estabelecimentos. É importante um pontapé inicial da categoria. É difícil a luta deles, que tem que juntar de entrega em entrega, para levar o sustento para suas casas. Se não fosse os entregadores de aplicativos, como que as pessoas iriam receber as comidas durante a pandemia? Estou aqui para dar apoio no que for necessário", disse o vereador.
Procurado, o iFood ainda não se pronunciou sobre o caso.
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