Vaquinha
Eletricista pede ajuda para reformar oficina destruída em incêndio
Fogo destruiu três lojas na semana passada em São Gonçalo
O eletricista Bruno Clarindo, de 34 anos, que perdeu a oficina durante um incêndio que aconteceu no bairro Arsenal, em São Gonçalo, no dia 4 deste mês, ainda não conseguiu se recuperar do susto.
Além de perder todas as ferramentas de trabalho, o profissional ainda ficou sem lugar para exercer a função, já que o galpão foi interditado pela Defesa Civil por risco de queda.
Bruno dividia o espaço com um amigo sócio e mecânico. Com muito esforço, os dois montaram uma oficina no galpão alugado e pagavam cerca de R$ 800 reais por mês.
Mas, no dia 4, um incêndio, que teve início no estabelecimento ao lado, se alastrou e atingiu o espaço do eletricista, que perdeu tudo. Para tentar se reerguer, ele abriu uma vaquinha online, com intuito de arrecadar R$30 mil.
Incêndio destruiu a oficina de Bruno, uma capotaria e um depósito de bebidas
"O prejuízo que eu tive aqui foi mais de 80 mil, tinham quatro carros na oficina, minhas ferramentas, aparelho de diagnóstico, perdemos tudo, não sobrou nada. O incêndio derreteu e queimou tudo, então levantamos essa vaquinha para tentar pagar os carros que perdemos e começar de novo, poder voltar a trabalhar", conta.
O eletricista é pai de um menino de 9 anos, e tem tirado sua fonte de sustento consertando carros na rua. Ele conta que o trauma após o incêndio fez com que a parceria com o sócio se rompesse. Agora, tudo que Bruno quer é um espaço novo para dar seguimento aos trabalhos.
"A gente ficou com trauma de trabalhar aqui, devido a maldade do ser humano. Quero ver um outro lugar, minha sociedade acabou, o mecânico ficou com trauma, perdemos quatro carros, somente um tinha seguro, e nós que vamos ter que pagar os clientes. A responsabilidade era nossa, né. Estou correndo atrás para recomeçar os trabalhos", detalha.
Incêndio criminoso
Segundo Bruno, há uma suspeita de que alguém tenha ateado fogo de propósito no estabelecimento ao lado da oficina, onde funcionava uma capotaria. Ele conta que o proprietário do local vinha sofrendo recentes ameaças. Além da oficina, outra loja de bebidas também foi tomada pelas chamas.
Eu só sentei do outro lado da pista e chorei, foram 17 anos construindo um patrimônio para trabalhar, passei vários dias na chuva e no sol trabalhando na rua, fui expulso de oficinas, foi uma vida sofrida. E perdi tudo de uma hora para outra
No dia do incêndio, a primeira preocupação do eletricista foi com o cachorro que morava no galpão e fazia a vigilância do espaço.
"A gente tinha um cão de guarda, que estava aqui dentro, nosso maior desespero foi ele. O fogo já estava tão forte que demos ele como morto. O fogo foi tão forte que derreteu o motor do carro", relembra.
Apesar do susto, o cachorro da equipe conseguiu sair com vida do local. Agora, tudo que Bruno quer é poder voltar ao trabalho e deixar para trás o episódio traumático.
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