Cidades
Dia do Voluntário: eles mudam vidas em Niterói e São Gonçalo
O Dia do Voluntariado, celebrado neste sábado (28), conforme a Lei de Nº 7.352, de 28 de agosto de 1985, marca a importância de homenagear aqueles que dedicam parte da vida para ajudar o próximo e serve de exemplo para motivar governantes rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.
O missionário Jonathan Silva, 28 anos, é um desses exemplos. Ele é voluntário desde os 18 anos na Casa Reviver, que atua no Morro do Estado, em Niterói. O projeto o acolheu quando criança, segundo ele, mudou sua vida. Jonathan revela que voltou para trabalhar no lugar porque sonha em retribuir tudo o que aprendeu.
"Quando eu era criança descobri lá que eu poderia sonhar, viajar, vi que eu poderia mais, era uma visão que eu não tinha na comunidade. Com o projeto eu mudei a minha percepção do mundo, aprendi a importância do estudo, mudei a minha fala, o meu comportamento e o meu caráter. Eu vejo que as crianças precisam desse trabalho, porque o que a comunidade oferece para elas é muito pequeno perto do que elas podem conquistar, e mesmo com pouco a gente pode somar muito na vida de alguém"
Atualmente, Jonathan ministra as rodas de leitura com as crianças e trabalha a cidadania de adolescentes.
Quem também atua n oprojeto é a recepcionista Glauciele Matias, de 41 anos.
"Eu sou nascida e criada na comunidade e vejo a necessidade das crianças de terem alguma coisa, um aprendizado. Elas ficam muito sozinhas. Sei que estou doando o meu tempo para fazer o bem e a diferença na vida de alguém, eu vejo a carência das crianças daqui, muitas ficam perdidas"
Já o jornalista Gabriel Queiroz, de 26 anos, é voluntário do coletivo Por Gentileza há 5 anos. Ele relembra o momento mais marcante que viveu como voluntário.
"A ação mais marcante para mim foi quando levamos as crianças do antigo Lixão de Itaoca no AquaRio, em 2019, porque elas tiveram a oportunidade de sair um pouco daquele ambiente precário, conhecendo um ambiente completamente diferente do que elas estavam acostumadas. A maioria nunca tinha nem atravessado a Ponte Rio-Niterói. O legal é isso, dar oportunidade ou levar uma experiência atípica, principalmente, para as crianças. Fazer acreditar num futuro melhor"
Em tempos de pandemia, a solidariedade e vontade de ajudar o próximo faz a diferença para muitas famílias. Projetos sociais se mantêm a partir de doações e participação de voluntários, que trabalham incansavelmente para ajudar quem precisa. Em Niterói, São Gonçalo e região existem muitas iniciativas.
Se você tem vontade de ajudar de alguma forma, seja doando e ou se tornando voluntário, e não sabe como, o Plantão Enfoco separou cinco projetos que atuam na Região Metropolitana e você precisa conhecer!
Casa Reviver
O projeto atua no Morro do Estado, em Niterói, e atende crianças, adolescentes e familias locais. Com atividades socioeducativas como musicalização, contação de histórias, prática de esportes, visitas a museus, teatro e cinemas, entre outros, o projeto visa aumentar o acesso de jovens aos bens sociais e culturais.
A Casa Reviver também acompanha famílias, buscando auxiliar no fortalecimento de vínculos de afeto e cuidados, como é o caso da 'Roda de Gestantes' e do projeto 'Maternando', que formam uma rede de apoio às mães participantes.
Para se tornar voluntário da Casa Reviver, basta entrar em contato com a organização através das redes sociais. O projeto está sempre precisando de doação de alimentos, roupas e materiais escolares para as crianças.
Coletivo Por Gentileza
O Coletivo Por Gentileza atua desde 2016 na área de antigo Lixão de Itaoca, na região do Salgueiro, em São Gonçalo. Além de levar cestas básicas e itens de higiene para os moradores, o projeto também busca auxiliar ex-catadores, fazendo rodas de conversa aburdando diferentes temas como: saúde mental, cuidados básicos, direitos das mulheres, amamentação, entre outros.
Atualmente, o projeto está dando aulas de alfabetização e inglês para os adultos e crianças da região.
Para se voluntariar ou doar, basta entrar em contato pela conta do projeto no Instagram ou através do Grupo do Whatsapp.
Coletivo Ponte Cultural
O projeto tem o objetivo de promover a inclusão social através da democratização do acesso à cultura e a educação superior.
Na sede do coletivo, que fica na Rua Jorge Duarte de Sá, 253, no Apolo II, em Itaboraí, são oferecidas aulas de teatro, cinema e tv, desenho, dança, entre outras artes. No local também funciona um pré-vestibular comunitário.
Quem quiser se voluntariar e auxiliar nas atividades do coletivo, pode entrar em contato através do site.
Mulheres da Parada
Coletivo formado por mulheres da Parada São Jorge, em São Gonçalo. Durante a pandemia elas se uniram para entregar cestas básicas, itens de higiene pessoal, limpeza e máscaras.
Com o crescimento do grupo, as participantes criaram o 'Mercado Solidário', que atende várias comunidades, além da 'Horta Comunitária', que abastece o 'mercadinho' com legumes e hortaliças sem agrotóxicos e o projeto 'Donas da Paradas', onde impulsiona mulheres a idealizarem seus próprios negócios e empreenderem.
Quem quiser se tornar voluntário ou fazer doação, basta entrar em contato com o coletivo através das redes sociais, pelo e-mail mulheresdaparada@gmail.com ou pelo formulário.
Casa Maria de Magdala
A Casa Maria de Magdala oferece apoio e acolhimento a pessoas que vivem com HIV/AIDS. Além disso, a instituição também atende cerca de 170 famílias cadastradas com um ou mais membros vivendo e convivendo com HIV/AIDS.
O projeto também atende crianças deficientes no Atendimento Educacional especializado AEE Alan Kardec.
O espaço fica na Estrada Washington Luís 1956, no Sapê, em Niterói, e, eventualmente, atua no Grande Rio e na Baixada Fluminense.
Quem tiver interesse em fazer doações ou em se tornar voluntário, pode entrar em contato através do email info@casamariademagdala.org ou pelos telefones (21) 2718-3541 / 2616-2233, (21) 99505-6260 (TIM), (21) 98495-0257 (Oi - WhatsApp).
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