Só por DNA
Desaparecido no mar: família não reconhece corpo resgatado
Parentes de Daniel de Souza estiveram no IML nesta terça
Familiares de Daniel Matheus de Souza, de 13 anos, desaparecido desde o dia 5 de agosto, após ser levado por uma onda na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, estiveram nesta terça-feira (15) no Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo de um adolescente encontrado na praia do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade, na segunda (14). O corpo, no entanto, não foi reconhecido como sendo de Daniel.
O próximo passo, portanto, será a realização de um exame de DNA para identificar se o cadáver encontrado é ou não de Daniel. A família reside em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
“Fomos lá para fazer o reconhecimento, mas não conseguimos. Agora vamos ter que fazer o exame de DNA. Já dei entrada nos papéis, e agora vamos aguardar”, informou o pai do menino, André de Souza, ao jornal “Extra”.
Não foi informado pela Polícia Civil, porém, um prazo estimado para que o laudo do exame de DNA seja finalizado.
Segundo os parentes, Daniel não chegou a entrar no mar. Ele estava na faixa de areia da praia quando foi levado pela onda, na Praia de Ipanema, na altura do Posto 8. O padrasto do adolecente Anderson Clayton Araújo Marreiros, de 40 anos, informou que a família está à base de remédios.
“Está sendo horrível, a gente nem dormia nos primeiros dias. A minha filha acordava no meio da noite assustada e gritando. Estamos à base de remédios, a mãe dele está muito abalada. No dia do desaparecimento, Daniel chegou, tirou a camisa e ficou na beirada (do mar). A mãe e a irmã dele estavam trocando a roupa pra ficar com ele, mas vigiamos ele a todo momento. Porém, do nada, chegou uma onda que o arrastou. Daniel estava de costas para o mar, então ele não viu a onda”, contou Anderson.
Ainda segundo o padrasto, ele e outros banhistas tentaram socorrer o menino, mas não obtiveram sucesso. Desde então, os bombeiros foram chamados para realizar as buscas pelo menino. Tanto a mãe, Mara de Souza, quanto Anderson acompanham as operações.
“Nós não vamos parar enquanto não encontrarmos ele. Hoje não fomos por conta do tempo, mas estamos acompanhando tudo por telefone. Quando eu vi ele sendo puxado, eu pulei no mar, cheguei a me afogar, saí desacordado da água, mas não consegui salvar o Daniel. Eu lembro que uma hora fiquei perto dele, só que o mar estava muito forte e não foi possível alcançá-lo”, completou Anderson.
O esforço para localizar Daniel envolve o uso de motos-aquáticas, uma embarcação equipada com sonar, mergulhadores e guarda-vidas do Corpo de Bombeiros.
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