Cidades
Começa o 'toque de recolher' em Niterói
Publicado às 21h15 / atualizado às 21h36
No primeiro dia de 'toque de recolher', estabelecido pela Prefeitura de Niterói na última quinta-feira (4), bares e restaurantes da cidade cumpriram o novo decreto, em vigorar a partir desta segunda-feira (8).
Em caráter excepcional o prefeito Axel Grael (PDT) liberou a extensão do horário de funcionamento até as 22h neste final de semana. Pela determinação o estabelecimentos deverão fechar às portas até as 18h, as novas medidas seguem com o novo horário até a próxima sexta-feira (19).
As medidas, segundo a prefeitura, servem para frear a disseminação do contágio da Covid-19 na cidade, além de servir para desafogar os leitos dos hospitais da região. Niterói adotou novas regras após a cidade do Rio também fazer o mesmo procedimento.
Pelas ruas da cidade o que se viu na noite desta segunda foram locais vazios e sem a habitual frequência. Na Rua Nóbrega, em Icaraí, principal ponto de bares e restaurantes da cidade na zona sul da cidade, o clima era sombrio e vazio com poucas pessoas circulando e nenhum estabelecimento em funcionamento.
Decreto
Segundo o prefeito da Niterói Axel Grael (PDT), as medidas ficarão em vigor na cidade durante 15 dias, mas, na próxima quinta-feira (11), os números serão novamente avaliados e podem sofrer ou não alterações.
Moradores do bairro viram com estranheza as novas medidas nos estabelecimentos, mas consideraram necessárias.
"Sempre faço um passeio com meu cachorro e nunca vi isso aqui tão apagado, silencioso. Mas se é pra frear esse vírus, acho bem vindo essa medida", salientou a moradora da região, Maria do Carmos Oliveira, de 48 anos.
Sindilojas
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de Niterói (Sindilojas) elencou uma série de medidas contra o novo decreto da prefeitura que restringe os horários dos estabelecimentos da cidade.
O sindicato reitera que os proprietários dos bares e restaurantes estão cumprindo os protocolos propostos pela prefeitura, como aferição de temperatura e a disponibilização de álcool em gel, além do distanciamento. O órgão diz ainda que não considera justo que todo o empresariado local seja duramente penalizado, devido a comportamentos incorretos ocorridos em apenas 20% dos estabelecimentos.
O sindicato faz um paralelo com as lotações nos meios de transportes e propões uma discussão das medidas com o Governo do Estado. A nota é finalizada citando a decisão da prefeitura de emitir o decreto sem considerar um diálogo aberto com a população e "causando prejuízos incomensuráveis aos empreendedores", escreve.
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