Comemoração
Colorido e alegria animam São Gonçalo em desfile cívico
Município comemora 132 anos de emancipação
Após dois anos sem a tradicional comemoração, São Gonçalo celebrou seus 132 de emancipação político-administrativa nesta quinta-feira (22), com forte presença do público. O carro-chefe da data é o tradicional desfile cívico, escolar e militar, que percorreu as ruas do Centro.
Neste ano, cerca de 29 escolas municipais, estabelecimentos de ensino, entidades da sociedade civil, além de instituições participaram da solenidade.
O evento teve início com o hasteamento das bandeiras do município, do estado do Rio e do Brasil, em frente à prefeitura, local em que foi montado um palco onde as autoridades permaneceram.
Quem abriu o desfile foram os militares, com a passagem das Forças Armadas, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, seguidos pela Guarda Municipal. Logo após, entidades assistenciais, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Agenda 21, tomaram as ruas.
Em seguida, as respectivas instituições passaram: Centro Educacional Vieira Brum, CRMA Professora Maria José da Silva Rodrigues, Colégio Municipal Estephânia de Carvalho, Colégio Municipal Irene Barbosa Ornellas, Grupo de escoteiros, Educação de Jovens e Adultos (EJA), E.M Visconde de Sepetiba, Coral Municipal Infantil, E.M Joaquim Lavoura, E.M Paulo Freire, E.M Pastor Haroldo Gomes, Universidade Salgado de Oliveira, E.M Marlene Salgado de Oliveira, Educandário Cecília Meirelles, Centro Educacional Mendes Duarte, E.M Luiz Gonzaga, E.M Filadélfia, E.M Aída Vieira, E.M Santa Luzia, UMEI José Calil, E.M Jayme Mendonça, E.M Rosa Marques Galvão, CIEP 125, CIEP 411, E.M Darcy Ribeiro e muitas outras.
O Prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, acompanhou de perto a celebração e foi contemplado pela população. Ele estava acompanhado da primeira-dama, a Marinete, e o vice-prefeito Sérgio Gevu. Membros do Executivo, como Nelsinho, Luan Oliveira e Alexandre Gomes também estavam presentes. Além disso, quem também marcou presença foi o Presidente da Câmara dos Vereadores, Lecinho.
Emoção e paixão
Quem acompanhou tudo de perto foi o aposentado Edmilson Souza, de 75 anos. Para ele, o desfile marca uma data importante no calendário do município, demonstrando todo o carinho da população.
"É tudo tão lindo! Nós ficamos um tempo sem isso, por causa da pandemia, agora que voltou da até vontade de chorar quando vejo. São Gonçalo passou por momentos difíceis, eu consigo ver que estamos saindo dessa aos poucos, hoje é dia de celebrar", declarou emocionado.
Ficamos um tempo sem isso, por causa da pandemia, agora que voltou da até vontade de chorar quando vejo. São Gonçalo passou por momentos difíceis, eu consigo ver que estamos saindo dessa aos poucos, hoje é dia de celebrar
A comerciante Marli Pereira, de 43 anos, gonçalense de paixão, também estava emocionada com o desfile. Ela considera a solenidade um grande motivo de orgulho.
"Que orgulho de presenciar tudo isso. É lindo ver as crianças com nossa bandeira, desfilando, sorrindo, felizes com tudo. Não perco nenhum desfile, sempre venho, eu amo acompanhar, sou apaixonada pela celebração", contou a comerciante.
Manifestação
Os profissionais da educação municipal de São Gonçalo, que entraram em greve no dia 5 deste mês, marcaram presença em peso ao final do desfile. Com camisas e frases de ataque ao Prefeito, eles caminharam pela passarela e pararam em frente ao palanque. Nelson Ruas já havia se retirado do local.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do município (Sepe), a decisão de manter a greve conseguiu arrancar a proposta de reajuste salarial de 21,79% para todo o funcionalismo público municipal, contudo, eles ainda reivindicam a revogação imediata do novo plano de cargos, no qual alegam que cortou benefícios da categoria, e a convocação de todos os aprovados no último concurso.
A diretora do Sepe, Maria Beatriz, afirmou que o Prefeito só saiu do palanque durante o ato, mas retornou após o fim. Ela alega que a categoria vem tentando negociações para o fim da greve.
"Infelizmente o Prefeito vem agindo dessa forma com os profissionais da educação, entrou na justiça para tentar decretar ilegalidade da greve, o Tribunal de Justiça do Rio não deu a ilegalidade. Tentamos mediar com o Ministério Público aqui de São Gonçalo, o Prefeito não foi, não mandou representante, não disse nada!", contou a diretora.
A Prefeitura de São Gonçalo, em nota, disse que respeita o direito de manifestação, mas reiterou que o protesto tem caráter político, tendo em vista que todo o funcionalismo recebeu reposição salarial de quase 22% este mês.
"Todos os aprovados no concurso público foram convocados e nenhum profissional recebe abaixo do piso nacional", assegura o Executivo.
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