Demora
Choque na Ponte: 1 ano depois, só 6 barcos saíram da Baía
No local, ainda há 45 navios abandonados
Um ano após a colisão do navio São Luiz na Ponte Rio-Niterói, apenas seis embarcações foram retiradas da Baía de Guanabara. Após o incidente, foi criado uma força-tarefa para que todos os 51 barcos, que estão no local há décadas, fossem retirados.
Para isso, diferentes órgãos se comprometeram a ajudar nos trabalhos. São elas: Portos Rio, Prefeitura de Niterói, Inea, Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar e Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade.
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Segundo o CPI das Embarcações, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), as autoridades responsáveis não estão demonstrando interesse na retirada rápida das carcaças das embarcações no local, pois algumas são feitas de madeira, que é um material de baixo valor comercial.
Ainda segundo o órgão, há uma falta de comunicação entre as instituições responsáveis pelo trabalho. De acordo com a CPI, a primeira remoção ocorreu em maio deste ano e outras cinco foram retiradas em junho.
Devido à demora, a CPI cobra um calendário para que as 45 embarcações que continuam à deriva da Baía de Guanabara sejam retiradas. Alguns deputados estaduais alegaram, durante a sessão na Alerj, que essas estruturas abandonadas são usadas por criminosos como ponto de uso de drogas e armas.
Segundo o Inea, eles "participam do grupo de trabalho criado pelo Governo do Estado para dar início ao processo de retirada das carcaças de embarcações abandonadas na Baía de Guanabar, mas que o trabalho é conduzido pela Secretaria Estadual de Energia e Economia do Mar".
Além disso, eles reforçaram que "cabe ao órgão ambiental estadual monitorar e atuar quando a carcaça retirada apresenta riscos ao meio ambiente e que vem realizando diversas vistorias a respeito de vazamento de óleo na Baía".
Já a Prefeitura de Niterói informou, em nota, que "a sua participação na força-tarefa liderada pela Companhia Docas é realizar, em local adequado, o descarte dos cascos de madeira das embarcações retiradas".
Por outro lado, o Governo do Estado esclareceu há uma reunião marcada para o fim de novembro e que o "trabalho está sendo orientado por relatório da Capitania dos Portos e que a previsão é que todas sejam retiradas em 18 meses contados a partir de maio deste ano".
Por fim, o Estado informou que a "retirada das embarcações é um trabalho minucioso, que cumpre todos os protocolos ambientais e depende de uma série de variáveis, como por exemplo o tempo e a maré, para serem realizados". O órgão argumentou também que a "ação conta com mergulhadores, balsas com barreiras de contenção e máquinas pesadas, como guindastes".
Procuradas, a Portos Rio e a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro não se pronunciaram até o momento da publicação desta reportagem.
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