Frio
Chegada do inverno deve impulsionar vendas no comércio
O segmento de vestuário costuma apresentar maior crescimento
Com a chegada do inverno, comerciantes de Niterói estão otimistas para o aumento das vendas na cidade que devem crescer em até 10%, de acordo com o Sindicato dos Lojistas de Niterói (Sindilojas). A expectativa é obter aumento de 25% a mais do que no ano passado.
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O presidente do Sindilojas, Charbel Tauil, revelou a expectativa após dois anos de pandemia.
"Estamos com uma expectativa muito boa. Posso dizer que 80% dos lojistas esperam aumento nas vendas. Este é o primeiro ano após a pandemia em que as pessoas estão 100% liberadas e com muita vontade de sair de casa, de participar de festas e de outros eventos sociais. E, com isso, vão às compras".
Tauil estima ainda que o crescimento nas vendas do setor varejista na cidade alcance, neste inverno, as duas casas decimais em termos percentuais e extrapole os setores de confecções e calçados.
Historicamente, durante o inverno, o segmento de vestuário costuma apresentar um crescimento de 9,2% nas vendas, em comparação com estações de temperaturas mais amenas como o outono e a primavera.
Marcos Paulo da Silva, 29 anos, é gerente de uma loja de vestuário no Centro de Niterói e garante que um dos produtos mais procurados nesse período é calça de moletom.
A gente está vendo muita calça de moletom, mais que casacos. E isso só vende mais no inverno, no restante do ano não vende nada. A expectativa é que as vendas aumentem ainda mais
Botas e tênis também são itens que caem no gosto dos clientes. É o que garante a vendedora de uma loja de calçados Adriana Gonçalves, 35 anos.
"Nessa época do ano, a gente costuma vender mais sapatos fechados. Junta com a festa junina e a venda de botas alavanca. Pretendo bater minha meta esse ano", comentou.
Comércio não deve apresentar promoções durante o inverno
Charbel Tauil alerta ainda que não deve haver muitas liquidações de inverno neste ano, devido a alta expectativa de vendas e por isso os consumidores não devem deixar as compras para última hora.
Reforçando a questão da falta de promoção, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói, Luiz Vieira, explica que o frio este ano está rigoroso, diferente dos anos anteriores.
"O inverno sempre foi um complicador pro segmento; principalmente de moda. Os invernos rigorosos não têm acontecido nos últimos anos e, normalmente, o comércio estoca o produto e quando chega nos meses de julho e agosto, é obrigado a liquidar tudo. Diferentemente este ano, já começamos a sentir a temperatura baixar bastante nos meses de maio e junho fazendo o comércio de materiais de inverno ficar aquecido. Nós estamos vendendo muito mais e a nossa expectativa é obter um aumento nas vendas de 25% a mais do que o ano passado", disse,
A servidora pública Ana Regina, de 45 anos, aproveitou para comprar calças de moletom para os filhos neste primeiro dia de inverno.
"Criança cresce muito rápido e vai perdendo tudo, já me adiantei pra comprar logom porque tem feito muito frio e parece que vai piorar né? É sempre bom ter mais, porque com esse tempo demora muito pra secar as roupas, sempre que da vou comprando essas roupas de frio", relatou.
Em todo o País, o inverno deve movimentar entre maio e agosto deste ano R$ 13,76 bilhões em vendas no varejo, apenas no setor de vestuário. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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