Rio-Niterói
CCR Barcas anuncia fim dos serviços em fevereiro
Empresa e governo do estado não chegaram a um acordo
Após um longo imbróglio envolvendo a concessionária CCR e o governo do estado para a administração do transporte aquaviário do estado, a empresa decidiu anunciar o ''encerramento das atividades''. Agora o governo deve buscar um novo parceiro. Confira a nota da CCR:
"Após seguidas manifestações e tentativas de se chegar a um Acordo com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a fim de contribuir com os interesses dos clientes e, ao mesmo tempo, obedecer às regras e prazos contratuais, a CCR Barcas lamenta informar que as negociações não chegaram a bom termo.
Assim sendo, com três meses de antecedência do prazo final do Contrato de Concessão, a companhia dá início à adoção de procedimentos para encerramento de suas atividades, o que irá ocorrer em 12/02/2023. Essa medida já foi comunicada às autoridades, em tempo hábil para que o Estado tome as providências necessárias para assegurar a continuidade da prestação dos serviços de transporte aquaviário", diz a nota.
Entenda a confusão
A relação entre a CCR, concessionária que administra seis linhas das Barcas, e o governo do estado, responsável pela elaboração da modelagem para o transporte aquaviário, não vivia um bom momento. Isso porque a CCR cobrava um sinal do estado para que pudesse haver uma renovação entre as partes.
De acordo com a empresa, foram feitas várias tentativas de contato com o governo estadual para que as partes pudessem fazer um acordo para a continuidade. A CCR havia dado até esta sexta-feira (11) para que houvesse um contato. Como não houve, a parceria será encerrada.
Negociação
O principal imbróglio da negociação era o prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão que a CCR teve nos últimos anos. Isso estaria acontecendo porque o número de pessoas transportadas diariamente é inferior ao previsto no contrato entre as partes.
A empresa gostaria de reduzir parte de seu prejuízo em um novo acordo com o estado. Atualmente, a concessionária tem cerca de 750 funcionários e transporta 50 mil passageiros por dia.
Governo não considerava possibilidade de interrupção
O governo do Rio de Janeiro demonstrou uma certa tranquilidade ao tratar do assunto quando questionados pelo ENFOCO. A administração estadual entendia que tinha até dezembro de 2022 para apresentar o plano de elaboração da nova modelagem para o transporte aquaviário.
A Secretaria Estadual de Transporte havia ressaltado que não considera qualquer perspectiva de interrupção da prestação do serviço para o atendimento à população.
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