Cidades
Campanha Maio Amarelo conscientiza motoristas
A sexta edição da Campanha Maio Amarelo tem como tema “No trânsito, o sentido é a vida”. Assim como em 2018, o assunto escolhido propõe o envolvimento direto da sociedade nas ações e uma reflexão sobre uma nova forma de encarar a mobilidade.
O movimento é internacional e pretende ser um estímulo a todos os condutores - de caminhões, ônibus, vans, automóveis, motocicletas ou bicicletas, e aos pedestres e passageiros - a optarem por um trânsito mais seguro e chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. O laço amarelo é o símbolo do movimento.
O Observatório Nacional de Segurança Viária desenvolveu o mote com uma proposta para que os adultos ouçam o conselho dado por uma criança, que, com sua ingenuidade e inexperiência, tem uma percepção do que é certo e errado com mais eficácia, sem filtros.
“Estamos usando a hashtag me ouça e o slogan “No trânsito o sentido é a vida”, onde entendemos que, por meio das crianças e dos jovens sendo protagonistas dessa conscientização, fazemos com que se crie uma percepção de risco, se crie uma atenção maior por parte dos pais, ouvindo aqueles que são os mais frágeis em termos sociais”, disse o Coordenador de Desenvolvimento Institucional do Observatório Nacional de Segurança Viária, Alex Casimiro.
A campanha teve inspiração nos cinco sentidos humanos, numa alusão à sinalização de trânsito. Ou seja, o trânsito é feito de sentidos.
Para utilizá-lo, é preciso entender todos eles. Uma seta no carro da frente indica para onde ele vai virar. Um pedestre com a mão estirada na faixa transmite o sentido de que ele quer efetuar a travessia.
“Só que, de sentido em sentido, fomos ficando egoístas e causando acidentes. Acabamos esquecendo um sentido muito importante: a audição. Precisamos voltar ao começo e ouvir os conselhos de quem não sabe mentir e conhece muito bem o que é certo e o que não é: as crianças. Mas qual é o sentido de ouvir o conselho de uma criança? A resposta é pura e simples: o sentido é a vida”.
Para Alex Casimiro, o que mais dificulta a paz no trânsito é o egoísmo dos condutores.
“A visão egoísta no trânsito e na vida como um todo; a pessoa no seu veículo se esquece do seu entorno, e passa a não enxergar o outro; há falta de empatia, então este é o grande problema, a pessoa precisa entender que não é apenas a questão da segurança veicular, não é somente a questão da infraestrutura, enquanto o fator humano não começar a mudar, a gente nunca vai conseguir construir um trânsito mais seguro”, opina.
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