Cidades
Câmara debate saúde mental na volta às aulas em Niterói
A saúde mental infanto-juvenil foi um dos temas centrais da reunião da Comissão de Educação da Câmara Municipal, realizada nesta quinta-feira (6). Evidências científicas recentes comprovaram que os efeitos da pandemia são diferentes em crianças e adolescentes.
Sintomas como irritabilidade, mudanças de humor, insônia e dificuldade de concentração podem ser complicadores na qualidade do ensino e, ao mesmo tempo, são mais difíceis de diagnosticar nos jovens do que nos adultos.
Na ocasião, o vereador Binho Guimarães (PDT), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, entregou ao secretário de Educação de Niterói, Vinícius Wu, indicação legislativa para que seja dada prioridade, transparência e publicidade ao programa “Saúde na Escola”, presente no Plano de Retomada às Aulas presenciais na cidade.
“O cuidado com a saúde mental é imprescindível para que a rede pública de ensino de Niterói tenha condições de lidar com os desafios da pandemia do coronavírus. Precisamos colocar as crianças e adolescentes no centro dessa discussão da volta às aulas”, disse Binho Guimarães.
A psicóloga clínica Danuza Effegem, uma das convidadas da reunião, explicou que o impacto da pandemia na infância tem efeitos diretos, que dizem respeito às manifestações clínicas da Covid-19, e indiretos, que ainda precisam ser estudados de maneira mais ampla.
“Além do medo da morte, as crianças apresentam de forma diferenciada o desenvolvimento de transtornos obsessivos compulsivos (TOC), ansiedade progressiva, fobia social, resistência em sair de casa, entre outros", explica a psicóloga.
Ela esclarece, ainda, que transtornos de aprendizagem em função de falta de motivação, atraso pedagógico, evasão escolar, insatisfação com o desempenho e baixa autoestima são outros problemas desencadeados pela pandemia no ambiente escolar.
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