Terror do calor
Bichinhos de luz: confira como se livrar dos insetos invasores
Cupins não transmitem doenças, mas destroem móveis
Com o aumento do calor e alta umidade depois do período de chuvas, o cenário fica perfeito para o surgimento dos bichinhos de luz, conhecidos também como “aleluias” ou “siriris”, dentro de casa.
Isso acontece normalmente antes da Primavera ou já no Verão, quando o inseto, que é uma espécie de cupim, entra na fase de reprodução. Eles são da ordem Isoptera. Os insetos geralmente surgem em bando, invadindo as casas, buscando as lâmpadas e outras fontes de luz artificial. Ali, eles ficam rodando até caírem.
Durante esse período quente, eles desenvolvem asas para se reproduzirem, logo depois, essas asas caem e eles vão atrás de celulose, que fica presente em objetos dentro de casa, por exemplo, madeira e papel.
Como evitar?
A estratégia mais simples para impedir que os cupins se aglomerem em suas casas é desligar todas as luzes da residência e procurar outro foco para si. No entanto existem outros meios de conter a entrada dos bichinhos de luz.
- No final da tarde e começo da noite, é aconselhável deixar as portas e janelas fechadas quando as luzes estiverem acesas;
- Se for possível, coloque telas nas portas e janelas, permitindo que o ar circule pela casa, mas evitando que os cupins e outros insetos entrem no local;
- Verifique se há fendas ou rachaduras nas quais os insetos possam entrar e tampe-as;
- Caso os insetos já tenham invadido sua casa, você pode apagar as luzes e deixar as janelas abertas para que eles possam sair voluntariamente.
- Outra alternativa eficaz é posicionar uma bacia com água logo abaixo da lâmpada. Devido ao reflexo da luz, os cupins podem se confundir e cair na bacia.
Outros cuidados
Mesmo que os bichinhos de luz causam incômodos ao buscarem a luz, é importante ressaltar que eles não transmitem doenças, picam ou causam irritações aos humanos, a não ser aqueles que possuem alergias.
O maior problema desses insetos são causados nos lugares em que eles se instalam, já que ao formarem suas colônias, eles podem se proliferar em móveis de madeira, telhados ou até mesmo em alguns eletrodomésticos, causando estragos.
Além disso, para os alérgicos, é preciso ficar de olho nos móveis, já que após a reprodução desses bichos, eles deixam um resíduo, semelhante ao um pozinho, que pode provocar alergias.
“Estes animais, muitas vezes, infestam móveis junto às paredes. É muito importante que seja feita uma limpeza cuidadosa: afastar os móveis das paredes, evitar acúmulo de papel, abrir e limpar os armários e deixar sempre os ambientes arejados. Infelizmente, temos este probleminha nesta época, estes animais são nativos”, informou o biólogo Izar Aximoff, para a rádio “CBN”.
Por que lâmpadas?
Durante muito tempo, prevaleceu a ideia de que cupins alados e outros insetos voadores eram atraídos por fontes de luz, como lâmpadas em ambientes internos. No entanto, pesquisadores da Imperial College London, na Inglaterra, trouxeram uma perspectiva mais recente ao descobrir que, na verdade, a luminosidade desempenha um papel crucial, mas não porque os insetos são atraídos por ela, em vez disso, a luz atua como um guia de direção.
Desta forma, quando os insetos se deparam com uma fonte de luz externa, essa luminosidade interfere nos sistemas de controle que eles usam para se orientar durante o voo, fazendo com que eles comecem a ficar desorientados em relação à rota que deveriam seguir. Isso explica por que vemos muitos deles circulando incansavelmente ao redor de lâmpadas, como é o caso dos cupins alados.
A maioria dos insetos voadores exibe instintivamente um comportamento de resposta à luz dorsal, mantendo a parte superior de seus corpos, ou seja, as costas, voltada na direção da fonte de brilho.
"Sob a luz natural do céu, inclinar o dorso em direção ao ponto visual mais brilhante [como a Lua] ajuda a manter a altitude e o controle de voo adequados. Perto de fontes artificiais, no entanto, esta resposta à luz dorsal pode produzir um voo em direção contínua ao redor da luz e prender o inseto [nessa rota sem sentido]”, afirmam os pesquisadores no artigo publicado através da plataforma “bioRxiv”.
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