Cidades
Ausência de funcionários reflete na coleta de lixo em Maricá
O problema na coleta de lixo nas ruas do distrito de Itaipuaçu, em Maricá, pode ser resolvido com a vacinação de trabalhadores que prestam o serviço. De acordo com o vereador Cemar, presidente da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Maricá, a hipótese está sendo estudada pela casa legislativa, visto que o trabalho está sendo afetado por conta do alto número de infectados.
"Eles estão na rua em contato direto com o lixo e outras pessoas. Esses são fatores que acabam colocando os trabalhadores em risco maior. Infelizmente o Plano Nacional de Imunização não caracterizou eles como prioridade, mas nós conseguimos uma brecha na lei e vamos ver se conseguimos vacinar essa categoria para amenizar o número de contaminados", disse.
Apesar da afirmação, o político disse que ainda não há uma data prevista para começar a vacinação.
"A gente depende, principalmente, de ter vacina", contou.
A Prefeitura de Maricá confirmou que o problema na coleta tem a ver com o número de trabalhadores da empresa terceirizada, Limppar Coletas e Serviços, infectados. No entanto, alega que também tem relação com o crescimento populacional naquela região.
"Um estudo está sendo realizado visando a readequação do contrato junto a prestadora de serviços, que atua na cidade desde novembro de 2020".
Em nota, o Executivo informou que a coleta em Itaipuaçu ocorre em dois turnos: pela manhã e à noite, às segundas, quartas e sextas, e às terças, quintas e sábados em toda a orla. Na região comercial do Barroco o serviço é realizado diariamente, pela manhã.
Denúncia
Moradores e comerciantes do distrito, no entanto, denunciam coleta de lixo irregular na região. Segundo eles, os funcionários da Limppar Coletas e Serviços só realizam o trabalho uma vez por semana e, ainda assim, em apenas algumas vias. Outras não chegam a ver o caminhão de lixo há pelo menos quatro meses.
É o caso do morador da Rua 175, Sidnei Campos. Ele conta que há meses precisa levar o lixo para rua principal, Rua Um, pois a coleta não é mais feita na via em que mora.
"Eles passavam às segundas, quartas e sextas, agora passam apenas na Rua Um e pouquíssimas vezes! Eu tenho que pegar o lixo e caminhar até a esquina para só assim ser coletado. Eu não gosto de deixar lá, porque os cachorros de rua rasgam as sacolas e espalham os lixos e isso é desagradável, mas não tem jeito. O pior de tudo é que pagamos nossos impostos e somos tratados dessa forma", desabafou.
Já os comerciantes da Avenida Carlos Mariguela relatam que o caminhão de coleta até passa na via, mas apenas uma vez por semana.
"Essa lixeira transbordando já faz parte da nossa rotina. Às vezes o caminhão passa aqui na frente, os funcionários veem o lixo e não fazem nada. Já está feio", contou a comerciante Valéria Alves.
Trabalhando na região há mais de 5 anos, o comerciante André Hipólito contou que nunca viu tamanho descaso.
"Nunca passamos por uma coisa dessa. O mais constrangedor de tudo é ver o caminhão passar vazio, isso uma vez ou outra, e só olhar para os lixos e não fazer nada", finalizou.
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