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    Atos celebram Dia da Consciência Negra em Niterói e no Rio

    Publicado 20/11/2021 às 12:52 | Atualizado em 21/11/2021 às 20:53 | Autor: Enfoco
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    Imagem ilustrativa da imagem Atos celebram Dia da Consciência Negra em Niterói e no Rio
    O ato teve início às 9h e foi organizado por movimentos negros de Niterói. Foto: Divulgação

    O tradicional ato de comemoração do Dia da Consciência Negra foi marcado por atos em Niterói e no Rio de Janeiro na manhã deste sábado (20).

    Em Niterói, cerca de 60 pessoas se concentraram na Praça Araribóia, no Centro da cidade. Com faixas e cartazes, elas caminharam até a Praça Zumbi dos Palmares. O ato teve início às 9h e terminou uma hora depois. A manifestação foi organizada por movimentos negros de Niterói.

    "Esse ato é contra o ataque do presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo", disse Rebeca Vieira, presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Niterói.

    No Centro do Rio o ato aconteceu em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, e contou com uma roda de capoeira.

    O presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo de Oliveira, conhecido como Negrogun, lembra que, em 2021, completam-se 50 anos desde a primeira comemoração da Consciência Negra no país.

    “Estamos celebrando a vida e a liberdade. A vida porque essa pandemia ceifou tantas vidas nossas, que, nós, que ainda estamos vivos, temos que celebrar a memória deles que já foram. E a liberdade temos que celebrar sempre, ainda mais num momento em que vemos tantas injustiças, tantos jovens sendo presos, por reconhecimentos absurdos por fotos”, disse Negrogun.

    “O racismo não é uma questão individual, personalista. O racismo não é um traço do indivíduo. Ele é uma condicionante que forma a estrutura da nossa nação. Nossa nação foi forjada a partir de princípios que são completamente racistas. A própria ideia de escravidão, como ela se deu, já é o maior sinal disso”, explica o coordenador de Promoção da Igualdade Racial do município do Rio de Janeiro, Jorge Freire.

    Negrogun acredita ser difícil acabar com o racismo, justamente porque ele é estrutural, ou seja, está entranhado na cultura da sociedade.

    “A única forma de você conseguir subjugá-lo é com educação. Se você não trabalhar a educação, a equidade de direitos e acesso à informação, o racismo vai continuar perdurando. A gente sabe que não vai extinguir o racismo nunca, mas a ideia é avançarmos cada vez, desestruturando ele”.

    O município do Rio de Janeiro preparou este ano uma série de eventos para celebrar a Consciência Negra ao longo de todo o mês, em um calendário de ações chamado Novembro Negro. Hoje, por exemplo, estão previstos um espetáculo sobre a data na Lapa, às 16h; um baile charme no Planetário do Rio, às 19h; e dois shows na Cidade das Artes: Nilze Carvalho (às 18h) e Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro com solistas negros (às 19h).

    O Cristo Redentor também vai receber uma iluminação especial. Amanhã, às 9h, estão previstas uma feira no Parque Madureira com uma competição de barbeiros, e uma roda de samba do grupo Ofarerê na Praia dos Amores, na Barra da Tijuca, também às 9h.

    Com informações da Agência Brasil. Colaborou Tiago Souza.

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