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    Outro destino

    Ambientalista reivindica uso de venda de carcaças de navios na Baía

    Embarcações abandonadas começaram a ser retiradas nesta quarta

    Publicado 18/05/2023 às 17:18 | Autor: Manuela Carvalho
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    A embarcação São Luiz colidiu com a Ponte Rio-Niterói, em novembro de 2022
    A embarcação São Luiz colidiu com a Ponte Rio-Niterói, em novembro de 2022 |  Foto: Marcelo Eugênio

    Após o Governo do Estado do Rio, em parceria com a empresa PortosRio, iniciar nesta quarta-feira (17) uma operação para a retirada de 51 embarcações abandonadas na Baía de Guanabara, o movimento socioambientalista Baía Viva questionou o destino dos recursos arrecadados com a reciclagem das carcaças e reivindica que o dinheiro seja investido em estudos para a preservação da Baía. 

    "Aqueles 51 navios são ativos econômicos. Valem dezenas de milhões de reais. Esse recurso precisa voltar para as universidades monitorarem a Baía de Guanabara. Ali vazaram 40 anos de óleo e continua vazando. Tem que ter uma transparência de onde vai parar esse recurso", disse o ecologista e cofundador do Baía Viva, Sérgio Ricardo Potiguara.

    Ainda segundo o movimento, a venda das sucatas de aço e ferro podem "gerar recursos para o ressarcimento dos prejuízos sofridos pelas comunidades pesqueiras por três décadas e no reaparelhamento dos órgãos ambientais e de segurança pública, como a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente". 

    "Até hoje o inseguro navio-sucata São Luiz encontra-se ancorado no Porto do Rio com 50 mil litros de combustível no seu porão. Esta embarcação desde 2021 foi declarada como extremamente insegura pela Justiça Federal devido ao alto grau de corrosão do seu casco e do seu interior", diz um trecho do texto publicado pelo movimento nas suas redes sociais. 

    De acordo com o Governo do Estdo, o estudo para a retirada dos navios teve início em novembro do ano passado, quando uma embarcação à deriva colidiu com a Ponte Rio-Niterói. A previsão é de que o trabalho de retirada das embarcações termine ainda no segundo semestre deste ano. 

    O Governo do Estado foi procurado, mas não retornou sobre os questionamentos a respeito do destino do dinheiro e nem sobre as reivindicações do movimento ambiental. 

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