Prato desfeito
Vilões da mesa: saiba os alimentos que mais pesam no bolso
Grupo é o principal componente no cardápio do brasileiro
Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (AbrasMercado), nesta quinta-feira (14), revelou que as principais altas nos alimentos foram puxadas pelo grupo que mais está presente na mesa do brasileiro. Puxando a fila, a batata ficou 23,49% mais cara, junto com o feijão (4,77%), cebola (3,26%) e ovo (2,79%).
Em contrapartida, apresentaram queda o pernil (-3,01%), o frango congelado (-2,29%), o queijo prato (-0,15%), o sabão em pó (-0,14%), o leite em pó integral (-0,05%) e o refrigerante pet (-0,05%).
O AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, registrou alta de 1,33% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Assim, o preço na média nacional passou de R$ 709,63 em janeiro para R$ 719,06 em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a cesta nacional registra alta de 13,53%.
Alimentos estão no grupo que mais está presente na mesa do brasileiro
Segundo o levantamento, a Região Sudeste teve a maior variação no preço médio da cesta, com alta de 1,58%, passando de R$ 689,11 em janeiro para R$ 700,00 em fevereiro. A segunda maior variação ocorreu na Região Centro-Oeste, de 1,57%, passando de R$ 651,78 em janeiro para R$ 661,99 em fevereiro. Nas outras regiões, as maiores variações mensais no preço da cesta foram respectivamente: Sul (1,21%), Nordeste (1,18%), Norte (1,15%).
Consumo
Já o consumo dos lares brasileiros cresceu 2,26% no primeiro bimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com fevereiro de 2021, o crescimento foi de 3,98%. Com janeiro, o indicador recuou 0,90%. De acordo com a Abras, a queda é explicada pelo efeito calendário, ou seja, um menor número de dias em fevereiro quando comparado ao mês anterior.
Segundo a associação, após o início do ano com crescimento positivo, mas em ritmo moderado, o indicador de consumo das famílias corresponde a estimativa do setor supermercadista, que prevê alta de 2,80% para 2022.
“O consumo nos lares foi positivo neste primeiro bimestre, ainda que diante de uma inflação elevada e da alta taxa de desemprego”, destacou o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan.
O consumo nos lares foi positivo neste primeiro bimestre, ainda que diante de uma inflação elevada e da alta taxa de desemprego
Um dos fatores que, segundo Milan, tem contribuído para a manutenção do consumo das famílias é a consolidação de transferência de renda via programas sociais, como o Auxílio Brasil. Ele lembrou que o cenário no primeiro bimestre do ano passado era instável e o consumidor vivia na incerteza do recebimento do auxílio emergencial, com o fim do pagamento do benefício decretado em dezembro de 2020 e a retomada somente a partir de abril de 2021.
“Neste ano, desde fevereiro, o pagamento benefício extraordinário, o Auxílio Brasil, é certo para ao menos 18 milhões de famílias em todo o país até o final do ano. Esse dinheiro em mão traz certa segurança para o consumidor”, analisou.
A Abras estima que o Saque Extraordinário do Fundo de Garantia (FGTS), cuja previsão é a de liberação de R$ 30 bilhões para 42 milhões de pessoas pode contribuir para o aumento de consumo.
Agência Brasil
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