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    Telefones podem ser usados para diagnosticar vírus

    Publicado 25/01/2021 às 15:36 | Autor: Plantão Enfoco
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    Acesso internet celular
    Acesso internet celular |  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
    Bolsistas da Capes participaram de estudo em Harvard. Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

    O uso de smartphones pode viabilizar testes mais baratos e rápidos que os RT-PCR, considerados padrão-ouro na detecção de vírus. A tecnologia viabilizou diagnósticos de SARS-CoV-2 (novo coronavírus), HIV, Zika e hepatites B e C em estudo da Harvard Medical School (EUA), com dois pesquisadores financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    Todo o procedimento deve ser feito por um profissional da saúde, logo após a coleta do muco nasal. Uma pequena parte desse material é posta em um microchip, feito em uma máquina de corte a laser, de baixo custo.

    O equipamento, construído com elementos de biotecnologia e biologia sintética, reconhece o vírus e emite um sinal que é captado pela câmera do celular. Um aplicativo, em desenvolvimento em Harvard, reconhece, a partir da inteligência artificial, se a amostra é positiva ou negativa.

    “A ideia é fornecer uma alternativa rápida ao teste laboratorial de referência, que é o RT-PCR nesse caso. O resultado variou entre 50 e 80 minutos para as infecções testadas nesses primeiros estudos. Como a única máquina envolvida é o celular, o custo diminui”, explica Luís Pacheco, professor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

    Em 2019, financiado pela Capes, ele participou do programa Capes-Harvard de Professor/Pesquisador Visitante Júnior.

    Na pesquisa, Pacheco teve a companhia de Filipe Sampaio, doutorando na UFBA, que passou 12 meses nos Estados Unidos com bolsa do Programa Institucional de Internacionalização (PrINT) da Capes. Sampaio é aluno de Pacheco.

    Sobre os programas

    O Programa Capes-Harvard de Professor/Pesquisador Visitante Júnior tem por objetivos incentivar o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores do Brasil e da Universidade de Harvard, além de contribuir para o estreitamento de laços e a realização de pesquisas conjuntas das instituições de ensino brasileiras e a norte-americana.

    O Programa Institucional de Internacionalização (PrINT) tem como objetivo incentivar a internacionalização de instituições de ensino superior e institutos de pesquisa no Brasil como forma de incrementar o impacto da produção acadêmica e científica no âmbito dos programas de pós-graduação.

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