Brasil & Mundo
Roberto Farias, diretor de “Pra Frente Brasil”, morre aos 86.
O cineasta e produtor Roberto Farias, um dos maiores nomes do cinema nacional, morreu na manhã desta segunda-feira (14) aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Ele produziu e dirigiu mais de 25 filmes e ganhou fama por produções consideradas baratas e de grande apelo popular, conhecidas como chanchadas.
Ele foi realizador do clássico “O assalto ao trem pagador” (1962). Farias foi diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema e diretor geral da Embrafilme, entre 1974 e 1978. O cineasta começou a carreira no início dos anos 1950 como assistente de direção da Atlântida.
Comédias
Entre 1957 e 1960, realizou quatro longas: “Rico ri à toa” (1957), seu primeiro filme, “No mundo da lua” (1958), “Cidade ameaçada” (1959) e “Um candango na Belacap” (1960). Em “Toda donzela tem um pai que é uma fera” (1966), Roberto Farias cria um marco das comédias de costume carioca. Também nos anos 1960, colaborou na fundação da Difilm, distribuidora do Cinema Novo, ao lado do produtor Luiz Carlos Barreto.
O cineasta dirigiu ainda inúmeros sucessos de público como “Os paqueras” (1968), “Roberto Carlos e o diamante cor de rosa” (1968) e “Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora” (1971). Em 1973 realizou com Hector Babenco “O fabuloso Fittipaldi”.
Em 1981, dirigiu “Pra frente Brasil”, filme que falava explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e de Huelva. Produziu ainda “Azyllo muito louco” (1968), de Nelson Pereira dos Santos, “Os machões” (1973) e “Barra pesada” (1977), ambos de seu irmão Reginaldo Faria. Foi responsável também pelo sucesso “Os trapalhões e o auto da Compadecida” (1987). Na TV, dirigiu minisséries como "As Noivas de Copacabana" e "Memorial de Maria Moura", além de vários episódios do programa "Você decide".
Ele estava internado em um hospital da zona sul da capital, onde tratava de um câncer. A família de Roberto Farias ainda não divulgou o horário e o local do velório e do enterro.
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