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Respiradores quebrados são analisados pelo governo no Brasil
Com a necessidade de recuperar respiradores em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Ministério da Economia criou um endereço eletrônico para que sejam enviadas informações sobre o paradeiro dos equipamentos.
Os dados podem ser enviados para o e-mail ventiladorespulmonares@mdic.gov.br. O ministério repassará as informações a uma rede de voluntários que consertará os aparelhos que puderem ser reparados.
Segundo estimativa do governo, existem cerca de 3,7 mil ventiladores pulmonares parados por falta de conserto nas redes pública e privada de saúde do Brasil. Isso equivale a aproximadamente um quarto de todos os respiradores existentes no país.
A iniciativa envolve a articulação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, do Ministério da Saúde e de parceiros privados.
Batizada de Mais Manutenção de Respiradores, a rede voluntária pretende recuperar o maior número possível de ventiladores pulmonares para ampliar, em pouco tempo, o número de aparelhos disponíveis nas unidades de tratamento intensivo para atender os infectados pela Covid-19.
Profissionais de saúde pública e gestores públicos estaduais e municipais podem enviar as informações sobre o paradeiro dos equipamentos quebrados por e-mail. A rede voluntária recolhe e repara os aparelhos, que serão devolvidos completamente recuperados ou em condições melhores.
Iniciativa privada
A iniciativa privada banca os recursos para as peças e os reparos, que ocorrerão em 34 pontos de manutenção de ventiladores pulmonares em pátios de montadoras de automóveis. Os ventiladores estão sendo reparados por técnicos e voluntários capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pela Associação Brasileira dos Engenheiros Clínicos (Abeclin).
Segundo o Ministério da Economia, até 14 de abril, foram recolhidos 1.162 ventiladores respiratórios em todo o Brasil para manutenção, dos quais 164 foram devolvidos ao sistema de saúde. Dependendo do grau de dificuldade, o conserto dura de três dias a duas semanas.
Para os próximos três meses, a estimativa de demanda de ventiladores pulmonares para o tratamento de pacientes com a Covid-19 é de cerca de 15 mil aparelhos. Além de ajudar a suprir a demanda por respiradores no momento atual, a iniciativa resulta em economia. Um modelo novo pode custar até R$ 60 mil no mercado.
Além dos ministérios já citados, do Senai e da Abeclin, participam da rede Mais Manutenção de Respiradores o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Associação Brasileira dos Engenheiros Clínicos (Abeclin) e as empresas ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Vale e Volkswagen do Brasil.
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