Crime
Racismo no metrô: passageira diz à outra que cabelo 'poderia transmitir doença'
Mulher ausada das ofensas precisou ser escoltada pela PM
São Paulo - Uma mulher denuncia uma atitude racista dentro do metrô em São Paulo. Segundo ela, uma passageira a insulta informando que o cabelo dela poderia 'passar alguma doença' no momento em que se sentava. Em seguida, usuários do vagão impediram a saída da mulher acusada da ofença até a chegada da Polícia Militar.
Após o ato, ela precisou ser escoltada pela PM e saiu da estação aos gritos de 'racista' por outros passageiros. A vítima, identificada como Welica Ribeiro, carioca, estava no vagão com o irmão e o pai. Segundo ela, uma mulher branca, de cabelos loiros, estava sentada ao seu lado quando pediu para que ela tomasse cuidado com seu cabelo, para que não a passasse doença.
O irmão de Welica, Jonatan Ribeiro, viu a cena e começou a filmar a discussão. "Eu sugeri raspar minha cabeça para não incomodá-la", diz Welica no vídeo.
De acordo com o Metrô de São Paulo, por volta das 18h, duas passageiras se desentenderam e uma delas foi acusada de injúria racial. Os agentes de segurança do Metrô atuaram na proteção das partes. A PM foi acionada e as encaminharam para a delegacia.
O caso foi registrado na 27ªDP (Campo Belo), onde todas as partes foram ouvidas. A mulher acusada de proferir a ofensa foi identificada como Agnes Vajda. Nas redes sociais, ela se identifica como assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo. Procurado, o Consulado ainda não se manifestou sobre o assunto.
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