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    Tristeza

    Psicóloga morre após parada cardíaca por reação a contraste

    Bruna Nunes realizava exames para investigar recentes AVCs

    Publicado 26/12/2022 às 11:03 | Autor: Enfoco
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    Jovem tinha 27 anos, era formada em Psicologia e trabalhava na Prefeitura de Silvânia
    Jovem tinha 27 anos, era formada em Psicologia e trabalhava na Prefeitura de Silvânia |  Foto: Redes socias

    A psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, morreu depois de sofrer uma parada cardíaca após ingerir contraste para a realização de uma ressonância magnética em Goiânia. O caso aconteceu no dia 21 de dezembro, no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II.

    O procedimento foi realizado pelo médico Ary Daher. Bruna havia sofrido dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) há quase 50 dias e realizava exames médicos para descobrir a causa. Ela passou por diversos especialistas, como neurologistas e cardiologistas, e ressonância era o último exame que tinha que fazer.

    "Paciente evoluiu logo em seguida com PCR [parada cardiorrespiratória] em assistolia. Realizado IOT [intubação orotraqueal] mais manobra de RCP [ressuscitação cardiopulmonar], sendo realizado 3 ciclos com administração de 2 ampolas de adrenalina", diz nota médica.

    Na sala de exames, duas equipes trabalhavam juntas utilizando o mesmo nome, segundo a defesa de Ary Daher. A outra equipe de exames pertence aos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes.

    Bruna foi velada e enterrada na quinta-feira (22), em Bonfinópolis, onde nasceu. Ela trabalhava como psicóloga na Prefeitura de Silvânia e integrava a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde

      

    A mulher foi retirada da máquina imediatamente após passar mal e levada para uma sala de recuperação. Segundo o documento, a psicóloga apresentou uma piora clínica súbita e cianose, ou seja, quando o sangue que chega as artérias está com pouco ou nenhum oxigênio. 

    O relatório também aponta que a jovem morreu minutos após começar a passar mal. Durante esse tempo, a equipe médica chegou a tentar a reanimação, mas sem sucesso. A mãe de Bruna acredita que ela possa ter sofrido um choque anafilático, reação alérgica grave durante o procedimento. 

    Bruna foi velada e enterrada na quinta-feira (22), em Bonfinópolis, onde nasceu. Ela trabalhava como psicóloga na Prefeitura de Silvânia e integrava a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. 

    Nota da defesa de Ary Daher

    "Aguardaremos o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade, mas, desde já, nos solidarizamos com os familiares e amigos da paciente e seguimos à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reforçamos que em nossos exames são adotados elevados padrões de segurança, com acreditação em grau máximo e procedimentos certificados pelas autoridades do setor, sempre buscando garantir o bem-estar e a saúde de nossos pacientes, valores que sempre fizeram parte da história da clínica", diz nota da defesa do médico.

    Nota do CDI comandado pelo médico Luiz Rassi Júnior

    "As Clínicas CDI sob a coordenação do Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado, vêm a público esclarecer:

    É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da jovem Bruna Nunes de Faria, paciente que realizava exame de ressonância magnética. Tal fato nos leva ao dever e obrigação de prestar esclarecimentos aos nossos clientes, corpo clínico, colaboradores, médicos e sociedade em geral.

    Há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um, o nosso – Dr. Luiz Rassi e Dra. Colandy Nunes Dourado -, com as Clínicas CDI Diagnósticos em Cardiologia; CDI Diagnósticos Angiotomográficos e Nuclear CDI. E, outro, sob a responsabilidade do Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo e Sra. Adriana Maria de Oliveira Guimarães Monteiro. Os grupos estão em fase final de separação judicial.

    O processo judicial iniciado há mais de 02 anos, se deu em virtude de divergências de valores e princípios éticos no exercício da Medicina. As clínicas sempre funcionaram de forma separada, apesar de estarem localizadas no mesmo endereço, realizando exames distintos, com equipamentos distintos, médicos e colaboradores também distintos.

    O exame da paciente Bruna Nunes de Faria, com fatídico e lamentável desfecho, foi realizado pela Clínica cujo responsável técnico é o Dr. Ary Monteiro Daher do Espírito Santo, que se chama Centro de Diagnóstico por Imagem PORTUGAL, o qual tem se identificado como CDI Radiologia.

    Informamos também que o processo de separação dos imóveis está em curso, a fim de que a população em geral possa diferenciar ainda mais as Clínicas, ao buscar e escolher livremente atendimento para diagnósticos médicos.

    Por fim, nos solidarizamos com a família e amigos de Bruna Nunes de Faria, lamentamos profundamente sua morte e esperamos que a causa do óbito seja esclarecida de forma rápida e efetiva, com apuração pelos órgãos competentes."

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