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    Investigação

    Primeira-dama de João Pessoa é presa durante operação da PF

    Lauremília é investigada por aliciamento violento de eleitores

    Publicado 28/09/2024 às 16:33 | Autor: Enfoco
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    Prefeito Cícero Lucena (PP) diz ser alvo de um ataque “covarde e brutal” e que sua mulher provará inocência
    Prefeito Cícero Lucena (PP) diz ser alvo de um ataque “covarde e brutal” e que sua mulher provará inocência |  Foto: Rede Social / Instagram

    A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã deste sábado (28) durante a terceira fase da Operação Território Livre, que investiga o aliciamento violento de eleitores na capital paraibana.

    Também foi presa sua assessora, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque. A Polícia Federal, com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão.

    Lauremília é investigada por crimes como peculato, coação eleitoral e constrangimento ilegal. A fase, batizada de "Sementem", faz parte de uma investigação sobre um esquema de influência política nas eleições municipais de 6 de outubro, no qual a primeira-dama estaria envolvida.

    Segundo as investigações, Lauremília teria participado ativamente de acordos com uma facção criminosa para garantir o controle eleitoral em territórios específicos da capital.

    Em nota, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), afirmou que sua esposa é vítima de perseguição política e que Lauremília "não teme investigações" e "provará sua inocência".

    Ele também criticou a ação, classificando-a como uma "prisão política" e denunciando o uso de força desproporcional, alegando que Lauremília não foi convocada previamente para prestar depoimento.

    Lauremília é presa por suposto aliciamento de eleitores
    Lauremília é presa por suposto aliciamento de eleitores |  Foto: Reprodução / TV

    A operação foi desencadeada após a análise de materiais apreendidos em fases anteriores, que indicam o envolvimento da primeira-dama em um esquema de nomeação de pessoas indicadas por criminosos para cargos na prefeitura.

    Além disso, segundo a Justiça, o grupo teria utilizado ameaças e promessas em troca de votos, influenciando eleitores e adversários políticos.

    David Sena, conhecido como Cabeça, apontado como um dos líderes da facção criminosa envolvida no esquema, segue foragido. Outro líder da facção, Keny Rogeus, já está preso, com seu mandado de prisão cumprido dentro do sistema penitenciário.

    A Operação Território Livre, em sua terceira fase, continua investigando o caso e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.

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