Tá fora
Presidente do Peru é destituído do cargo pelo Congresso
Ação veio após ele decretar governo de exceção
O presidente do Peru, Pedro Castillo, foi destituído de seu cargo nesta quarta-feira (7). A ação foi tomada pelo Congresso do país após ele ter instituído um 'governo de exceção', segundo o jornal peruano "El Comercio".
Castillo foi preso logo após a decisão do Congresso. Imagens publicadas pelo jornal mostram o momento em que ele deixa o palácio de governo.
#URGENTE Estas son las primeras imágenes de Pedro Castillo detenido tras dar golpe de Estado. pic.twitter.com/1Jmwb9I8tP
— Política El Comercio (@Politica_ECpe) December 7, 2022
Dina Boluarte, vice-presidente de Castillo, foi convocada pelo Congresso e deve assumir o lugar da autoridade. A iniciativa foi tomada por maioria, reunindo 101 votos a favor, seis contra e 10 abstenções.
"Repudio a decisão de Pedro Castillo de praticar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei", publicou Boluarte em seu Twitter.
Castillo, anunciou a dissolução do Congresso Nacional e a instituição de um 'governo de exceção', além de convocar novas eleições no país.
Alguns jornais peruanos já estão chamando a iniciativa de 'golpe de estado'. O pronunciamento de Castillo veio horas após uma terceira tentativa de impeachment.
O presidente peruano declarou estado de emergência e instaurou toque de recolher no país. Em pronunciamento na televisão, ele decretou o "governo de exceção para restabelecer o estado de direito e a democracia".
Além disso, outras medidas também foram implementadas no país: elaboração de uma nova Constituição em até nove meses, governo temporário de exceção, toque de recolher entre 22h e 04h, no horário local, quem possuir armas ilegais deverão devolvê-la ao Estado, sob pena de prisão e reorganização do sistema de judicial, incluindo o Poder Judicial, o Ministério Público, a Junta Nacional de Justiça e o Tribunal Constitucional.
O Ministério Público vai tomar medidas contra Castillo, após o mesmo ter decretado o fechamento do Congresso. Os procuradores Patricia Benavides, Zoraida Ávalos, Pablo Sánchez e Juan Carlos Villena afirmaram que a iniciativa foi um golpe de Estado.
"O Ministério Público adotará as ações legais correspondentes frente à quebra da ordem constitucional", disse Benavides.
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