Stalker
Mulher é presa por perseguir médico durante cinco anos
Suspeita ficou mais de um ano foragida
Kawara Welch, de 23 anos, foi presa após cometer uma série de perseguições e ameaças contra um médico, por quem alegou estar apaixonada. A suspeita foi detida no último dia 8, em uma universidade de Uberlândia, em Minas Gerais. A mulher estava mais de um ano foragida.
Segundo a denúncia, a jovem começou a perseguir o médico em 2019, após se consultar com o profissional e desenvolver uma obsessão por ele. A vítima reside em Ituiutaba, cidade do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.
Mesmo depois de ser excluída da lista de pacientes, Welch continuou com ligações constantes para o médico e seus familiares.
O médico e sua esposa registraram 42 boletins de ocorrência, denunciando perturbação do sossego, lesão corporal, ameaça e extorsão. Em entrevista ao programa Fantástico, o homem revelou que Welch inicialmente procurou tratamento para depressão, mas logo começou a assediá-lo, tentando forçar um relacionamento.
Ao ser rejeitada, enviava mensagens simulando enforcamentos e ameaçava divulgar conversas privadas.
Em um dia, Welch chegou a enviar 1.300 mensagens e fez mais de 500 ligações para o médico. Ela também o perseguiu em eventos profissionais e no trânsito. Em um desses episódios, a vítima chegou a ser forçada a dirigir na contramão para escapar.
Em um episódio, Welch invadiu o consultório do médico, agrediu a esposa do homem e furtou o celular da mulher. Após o caso, a Justiça emitiu um mandado de prisão contra ela.
Welch foi presa pela Delegacia de Homicídios de Uberlândia. Seus celulares foram apreendidos para perícia. Ela foi encaminhada à ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
O crime de stalking, que inclui perseguições sistemáticas e invasivas, tornou-se crime no Brasil em março de 2021, com penas de seis meses a dois anos de reclusão e multa.
A defesa de Welch afirma que ela e o médico tiveram um relacionamento e nega as acusações. O advogado do médico rebate, dizendo que nunca houve relacionamento e, mesmo se houvesse, isso não justificaria a conduta dela.
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