Decisão
Moraes ordena prisão de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro
Ele foi exonerado durante o ataque aos Três Poderes, no domingo
O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão do ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres. O ex-ministro havia assumido o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, no dia 2 de janeiro e, em seguida, viajou para viagem de férias aos Estados Unidos. .
Ele não estava no Brasil durante os ataques bolsonaristas no último domingo (8), quando milhares de golpistas invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília.
Anderson ainda está nos Estados Unidos, com seu retorno previsto somente para o final deste mês. A Polícia Federal deve cumprir a prisão no momento da chegada de Torres no Brasil. Ainda no domingo, ele tinha sido exonerado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
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A decisão foi tomada em resposta ao pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que pediu a detenção em flagrante de Torres e dos outros agentes públicos que participaram ou se omitiram visando facilitar a invasão dos prédios atacados, do STF, Congresso e Palácio do Planalto.
O pedido cita ainda a violação ao Estado democrático de Direito como base para solicitar a prisão.
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou investigações e responsabilização civil e criminal dos responsáveis dos atos ilícitos no domingo, alegando ser "indispensável a determinação de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos".
Os pedidos foram encaminhados para Alexandre de Moraes, que é o relator das investigações dos atos antidemocráticos no STF.
Além disso, após a ordem de prisão, a Polícia Federal cumpriu mandado na casa do ex-ministro e saiu do local com diversos documentos.
Segundo a Globonews, Anderson Torres deve voltar para o Brasil e se entregar à polícia.
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