Brasil & Mundo
Menos da metade dos pacientes de Tuberculose e Aids são medicados no Brasil
Menos da metade dos pacientes portadores de tuberculose que adquiriram o vírus da Aids tomam o remédio antirretroviral no Brasil. A Organização Mundial de Saúde aponta que o percentual mundial é de 85%. Quando associadas e não tratadas, as duas infecções podem provocar outras doenças e diminuir a sobrevida do paciente. A tuberculose ocupa a nona posição no ranking geral de mortes no mundo.
Um documento divulgado recentemente pela OMS aponta que o Brasil está entre os 20 países com a maior carga de pessoas com tuberculose e infectadas com o vírus HIV, ao lado de países como Congo, Gana, Guiné-Bissau, Indonésia e Libéria. “Quando a gente está com HIV sem tratamento, o vírus vai destruindo a imunidade no corpo e abre as portas para a tuberculose, tanto pra pessoa se contaminar com o bacilo da tuberculose, quanto para, uma vez contaminada, desenvolver a doença da tuberculose”, explica o infectologista Rafael Sacramento, do Médico sem Fronteiras.
A tuberculose é a principal causa de morte de pacientes que vivem com o vírus da imunodeficiência. Seis em cada dez pessoas que morreram por HIV em 2014, tinham tuberculose como causa associada do óbito. Em 2016 houve 1,3 milhão de mortes por tuberculose entre pacientes não infectados pelo vírus HIV no mundo, e 374 mil mortes entre os soropositivos. Uma média de mil mortes por dia. Somente no Brasil, foram mais de 5 mil mortes por tuberculose e quase 2 mil pela coinfecção (tuberculose + HIV) no mesmo período.
“Tem um percentual de óbito, um percentual de perda de acompanhamento ou abandono e um percentual de falha, o que faz com que o tratamento não tenha uma eficiência boa”, diz Valeria Rolla, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz.
O Ministério da Saúde diz que pacientes coinfectados com tuberculose e HIV que tomam os medicamentos têm 35% mais chances de cura e que a maioria das mortes por tuberculose pode ser prevenida com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Cura
Seja por falta de acesso aos medicamentos ou por rejeição aos efeitos colaterais da terapia, muitos pacientes enfrentam dificuldades para seguir o tratamento de maneira correta. O Brasil tem hoje 830 mil pessoas convivendo com o vírus da Aids. Em 2016 foram diagnosticados cerca de 38 mil novos casos. Os números ainda apontam para uma epidemia, onde uma pessoa é contaminada a cada 15 minutos. Outras informações sobre a doença estão no http://www.aids.gov.br
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