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Medidas contra crise econômica vão custar 2,6% do PIB
O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (1º) para reforçar compromisso com medidas de proteção à economia que já haviam sido anunciadas, mas ainda não saíram do papel.
Ao todo, as ações para a área econômica vão custar R$ 200 bilhões — o equivalente a 2,6% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), no cálculo do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais acabou sendo expandido para algumas categorias formais e microempreendedores individuais. Este suporte foi aprovado pelo Congresso Nacional e deve ser sancionado ao longo do dia.
Ao todo, cerca de 54 milhões de brasileiros serão beneficiados com o aporte, que vai custar ao Tesouro Nacional cerca de R$ 98 bilhões.
O presidente afirmou que a equipe econômica formatou e deve encaminhar ao Congresso até quinta-feira (2) a medida provisória que autoriza o governo a suplementar salários no setor privado.
A lei autoriza que as empresas reduzam as jornadas e salários de empregados com carteira assinada em até 30%. A compensação dos salários será custeado pelo governo federal, diretamente na conta do trabalhador. O programa custará R$ 51 bilhões, segundo Guedes.
Outra medida provisória editada prevê a liberação de um socorro emergencial a municípios e estados, no valor de R$ 16 bilhões.
A terceira proposta a ser encaminhada ao Congresso será a regulamentação da linha de crédito especial a juros baixos para o pagamento de salários. O programa custará ao Tesouro Nacional cerca de R$ 34 bilhões, com complementação de verba de outros órgãos.
O ministro explicou que as medidas são voltadas apenas para o primeiro ciclo de retração econômica decorrente da pandemia. A pasta prevê um segundo período de crise após a contenção da doença.
As medidas econômicas serão detalhadas no período da tarde por Guedes, garantiu Bolsonaro. A coletiva não teve presença do secretário de Saúde, Luiz Mandetta.
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