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    Marinha afunda porta-aviões em alto-mar

    Ibama aponta para impactos ambientais

    Publicado 04/02/2023 às 19:45 | Atualizado em 06/02/2023 às 8:29 | Autor: Enfoco
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    Afundamento foi realizado a 350 km da costa brasileira
    Afundamento foi realizado a 350 km da costa brasileira |  Foto: Comando da Marinha/Divulgação

    A Marinha afundou o porta-aviões São Paulo nesta sexta-feira (3), após meses de tentativas de dar um destino à embarcação.

    Segundo nota divulgada pela Força, o afundamento foi realizado de forma controlada e planejada, a 350 quilômetros da costa brasileira, em uma região com cerca de 5 mil metros de profundidade.

    “O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro”, acrescenta o comunicado assinado também pelo Ministério da Defesa e pela Advocacia-Geral da União (AGU).

    A decisão pelo afundamento do navio foi anunciada na última quarta-feira (1°) após a empresa turca Denizcilik (SÖK), que havia comprado, em 2021, o casco para reciclagem, abandonar a embarcação. O porta-aviões retornou ao Brasil porque a Turquia cancelou a autorização que havia emitido para a exportação no fim de julho de 2022.

    Segundo a Marinha, o casco do navio precisava de reparos que a SÖK não demonstrou interesse em fazer. “Não sobrou alternativa ao Estado brasileiro a não ser considerar o bem como perdido, e assumir o controle administrativo do casco, de modo a evitar danos ao meio ambiente e preservar a segurança da navegação”, informou a Marinha, anteriormente, em nota conjunta.

    Impacto ambiental

    Em nota técnica, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontou para diversos impactos ambientais que poderiam ser causados pelo afundamento.

    Entre os riscos, está a liberação de materiais poluentes que fazem parte da estrutura do navio. Para o órgão ambiental, a melhor opção seria a reciclagem ambientalmente correta do casco.

    Nesta sexta (3), o Ibama solicitou informações à Marinha sobre o naufrágio do porta-aviões para estudar alternativas para diminuir e salvaguardar impactos ao meio ambiente.

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