Denúncia
Mãe alega expulsão de parque e discriminação: 'Nunca mais eu volto'
Filho da publicitária Carol Monteiro possui TEA
A publicitária Carol Monteiro alegou em suas redes sociais que foi expulsa nesta quinta-feira (25) de um parque aquático, localizado em Goiás, porque estava com um lanche especial para o seu filho que possui Transtorno de Espectro Autista (TEA).
Segundo a denúncia, o segurança do parque não deixou que ela mantivesse a comida do menino, de apenas quatro anos. Contudo, Carol alega que o lanche já havia sido permitido na entrada do estabelecimento diante da análise do documento do menino, que comprova o transtorno.
A produtora de eventos informou que, após um tempo no local, seguranças começaram a segui-la até a encaminharem para fora.
"Daniel é uma criança autista que tem restrições alimentares e não come qualquer coisa. Ele tem seletividade alimentar severa. Nós fomos autorizados a entrar na portaria com os lanches dele. Por lei, a gente tem autorização de estar com a alimentação. Nunca mais eu volto nesse lugar. Um lugar que não sabe tratar as pessoas e que não é inclusivo", contou.
A lei nº 12.764 de 2012 permite que pessoas com TEA tenham direito ao acesso a ações de serviços de saúde com visitas e atenção integral às suas necessidades, como a nutrição adequada e a terapia nutricional.
"O Transtorno do Espectro Autista não é visível, não tem um rosto ou um comportamento comum a todos, não é uma deficiência visível aos olhos de leigos, e por isso temos sempre documentos comprobatórios em mãos, para justificar e exigir nossos direitos", explicou.
Segundo Carol, a gerência do parque não tomou nenhuma providência sobre o assunto nem a Polícia Militar, mesmo ela provando o espectro de seu filho com documentos.
O caso foi registrado de forma online.
Resposta
O Águas Correntes Park se posicionou nas suas redes sociais sobre o assunto e afirmou que está apurando os casos. O parque ainda pediu desculpas a Carol e sua família.
"Informamos que estamos apurando os fatos para adotar as medidas necessárias para o esclarecimento e/ou correção das políticas internas. Informamos ainda que repudiamos qualquer ato discriminatório e que estamos empenhados em corrigir possíveis falhas e prestar o melhor atendimento possível", diz o comunicado.
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