Investigação
‘Jejum para conhecer Jesus’ deixa 58 mortos no Quênia
Ainda existem 112 pessoas desaparecidas
A polícia do Quênia desenterrou 58 corpos e está em busca de 112 pessoas desaparecidas nas proximidades da cidade costeira de Malindi. Segundo os oficiais, as vítimas teriam morrido de fome enquanto realizavam um ‘Jejum para conhecer Jesus’. A investigação começou no início deste mês após autoridades receberem denúncias sobre uma possível "vala comum" na região.
We have set up tracing and counselling desks at the Malindi Sub-County Hospital for the Shakahola response.
— Kenya Red Cross (@KenyaRedCross) April 23, 2023
So far 112 people have been reported missing at the tracing desk. pic.twitter.com/0QTkHgg03e
Conforme informações da polícia, o pastor Paul Makenzie Nthenge teria instruído os fiéis a jejuarem com o objetivo de "encontrar Jesus". Ele foi preso em 15 de abril. Já em março, o líder da Igreja Internacional da Boa Nova havia sido detido e acusado, mas pagou uma fiança de 100 mil xelins quenianos (equivalente a R$ 3,7 mil) e foi solto.
Pastor Paul Makenzie Nthenge teria instruído os fiéis a jejuarem com o objetivo de "encontrar Jesus"
Duas crianças foram encontradas mortas. O número de vítimas pode aumentar, visto que a Cruz Vermelha do Quênia relata que pelo menos 112 pessoas ainda estão desaparecidas. Alguns seguidores da igreja ainda estão escondidos em uma área de mata para cumprir o jejum.
As covas rasas onde os corpos foram encontrados estavam localizadas na floresta de Shakahola. Recentemente, uma mulher foi resgatada pelas autoridades e levada ao hospital devido à fraqueza e à recusa em ingerir alimentos. Além disso, sete homens e quatro mulheres entre 17 e 49 anos foram hospitalizados na semana passada.
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