Estudo
Inusitado: paciente testa positivo para Covid há mais de um ano
O vírus evoluiu duas vezes mais rápido neste paciente
Cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, estudam o caso de um paciente que está infectado com o coronavírus há 471 dias, o equivalente a 1 ano, 3 meses e 16 dias. E, durante este período de infecção crônica, novas mutações surgiram dentro dele.
O artigo é uma versão prévia, que ainda não foi revisado por outros cientistas e publicado em alguma revista.
O paciente, de 60 anos, é portador de câncer
Essa pessoa testou positivo para Covid pela primeira vez em novembro de 2020 e continuou testando positivo para o vírus até pelo menos março deste ano.
“O paciente continua com teste positivo para SARS-CoV-2 471 dias e contando após o diagnóstico inicial”, diz o estudo.
Outra descoberta que chamou atenção dos pesquisadores é que o vírus evoluiu duas vezes mais rápido dentro desse paciente, do que geralmente.
"Durante a infecção, encontramos uma taxa evolutiva acelerada do vírus que se traduz em 35 substituições de nucleotídeos por ano, aproximadamente duas vezes maior que a taxa evolutiva global", escreveram os pesquisadores.
Durante o tempo observado, o vírus evoluiu no paciente, apresentando três linhagens distintas.
“Essas descobertas mostram que essa infecção crônica resultou na evolução e divergência acelerada do SARS-CoV-2, um mecanismo que potencialmente contribui para o surgimento de variantes geneticamente diversas do SARS-CoV-2, incluindo Omicron, Delta e Alpha”, escreveram eles.
Isso significa que, se uma pessoa tem uma infecção crônica pelo coronavírus, novas variantes podem surgir dentro dela, ela pode infectar outras e, assim, causar novos surtos da Covid-19.
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