Tragédia
Imagens fortes: mulher morre após cair de roda gigante
Polícia investiga responsabilidade do operador do brinquedo
Uma mulher de 49 anos perdeu a vida no último domingo (17) após cair de uma roda gigante localizada em um restaurante, na cidade de Barbacena, no interior de Minas Gerais. A vítima foi identificada como Maria Aparecida do Carmo Silva.
O incidente ocorreu em um parque destinado a crianças, que conta com a roda gigante, cujo limite de idade é estabelecido até 10 anos. No momento da queda, cerca de 500 pessoas estavam no local.
Maria Aparecida caiu da atração e colidiu violentamente contra o solo, também chocando o peito contra uma barra de ferro durante a queda. Vídeo registrou o momento exato da queda.
O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente, mas, infelizmente, Maria Aparecida sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu às tentativas de reanimação, falecendo no local do acidente.
Uma investigação está em andamento para apurar as circunstâncias e responsabilidades do incidente. O titular da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa, Alexandre Ramos, informou que estão sendo analisados os alvarás apresentados pelo proprietário do estabelecimento, bem como uma possível omissão na fiscalização do brinquedo.
Além disso, a polícia está apurando a responsabilidade do operador da roda gigante, que era de rotação manual. Segundo o delegado, a vítima caiu batendo com o abdômen em uma estrutura de ferro, o que resultou na ruptura do fígado e consequentemente na sua morte. O prazo estabelecido para a conclusão do inquérito é de 30 dias.
O restaurante, localizado no distrito de Correia de Almeida e em funcionamento há 9 anos, possui licença de funcionamento e alvará do Corpo de Bombeiros, válido até 2026. No entanto, a corporação esclareceu que não é responsável pela avaliação, liberação e fiscalização da roda gigante.
De acordo com os bombeiros, é dever do proprietário e do responsável técnico do local buscar orientação junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para garantir a segurança do brinquedo.
Surpreendentemente, Iury Vieira, um dos proprietários do restaurante, admitiu à "TV Integração" que o brinquedo não possuía licença.
"Para esse brinquedo a gente não tem essa licença. Nem para o parquinho, mas a gente tem a vistoria dos bombeiros para tudo, mas para os brinquedos não", explicou ele.
Ele acrescentou que não presenciou a queda, pois estava ocupado descarregando mercadorias na loja, e seu pai estava no caixa do restaurante. Iury afirmou que um rapaz que estava com a vítima o chamou ao restaurante para informar sobre o acidente.
O proprietário destacou que, apesar da falta de licença, o brinquedo possuía uma trava de segurança, e outro dispositivo estava presente para evitar quedas, mas este só funcionava para crianças menores.
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