Existo ou não?
IBGE explica como os não entrevistados fazem parte do Censo 2022
População cresceu mais de 6% em relação à pesquisa anterior
O Brasil, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, possui cerca de 203 milhões de habitantes. Os dados da pesquisa foram divulgados mais de 10 anos depois da edição anterior, nesta quarta-feira (28). Mas se a pessoa não respondeu ao Censo 2022 e está se questionando se faz parte deste contingente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) explica que os que não foram entrevistados também fazem parte do novo número populacional.
Segundo o órgão federal, 3,9% da população brasileira foram incluídas na soma total do Censo 2022 com imputação, ou seja, a estimativa sobre as pessoas que responderam ao censo geral. Em 2010 (ano da pesquisa anterior), a taxa girou em torno de 2%.
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O IBGE informou que, no total, foram recenseadas cerca de 195 milhões de pessoas, ou seja, aqueles que responderam diretamente ao Censo 2022. Já outras 7 milhões foram imputadas dos dados oficiais, calculados conforme aqueles que responderam em cada estado.
Ainda segundo o IBGE, o Censo 2022 contou com o apoio de novas tecnologias, que visavam melhorar a imputação de variáveis que não estavam sendo recenseadas, neste caso, a população.
"Usamos a ciência mais moderna usada no mundo para garantir imputações certas. Os dados de contagem populacional são totalmente confiáveis, não temos dúvidas", disse Luciano Tavares Duarte, coordenador técnico do Censo 2022.
ESTADOS COM MAIS 'NÃO RESPOSTA'
Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná, Rondônia e Goiás foram os estados com o maior número de população imputada, sendo também os que tiveram o maior número de "não resposta" ao Censo 2022.
Em São Paulo, cerca de 7,7% (cerca de 3 milhões) da população foi imputada. Além disso, foi o estado com a maior taxa de "não resposta", atingindo 8,11%, muito acima do que a média nacional de 4,3%.
Vale ressaltar que, dentro desta taxa de "não resposta", também estão incluídos aqueles que se recusaram a responder. O estado de São Paulo também lidera esta taxa, com 2,34% de recusa.
De acordo com o presidente do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, a taxa de "não resposta e recusa" é maior em áreas mais nobres. Para isso, ele usou como exemplos as praias de Ipanema e Leblon, no Rio, e os bairros como os Jardins, em São Paulo.
O presidente ainda afirma que a imputação não prejudica o dado total da população. "Temos total certeza que a população é essa, 203 milhões".
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