Brasil & Mundo
Greve dos Correios sem força no Estado
A greve dos Correios, anunciada na noite desta terça-feira (10), foi aderida apenas por 20% dos funcionários do Estado do Rio de Janeiro e não afetou os serviços de atendimento de acordo com a empresa.
Em nota oficial os Correios afirmaram que colocaram em prática o “Plano de Continuidade de Negócios” que visa minimizar os impactos à população.
“Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente”, afirmava a nota.
A Greve
Os trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (11). A decisão foi tomada durante assembleia e além do Estado do Rio, aderiram a greve funcionários de São Paulo, Bauru, Tocantins e Maranhão.
Aos gritos de ‘greve’, centenas de funcionários decidiram cruzar os braços nesta terça (10) durante assembleia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) “a decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”.
Desde julho os funcionários tentam negociar com a empresa, inclusive com intermédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os trabalhadores não aceitaram a proposta de reajuste de 0,8%, além de ser contra a redução das férias de 70% para 33% e aumento da mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde.
Negociação
Os Correios afirmaram que “participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa”.
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