Logo Enfoco


    Saúde

    Governo será obrigado a dar leite especial para crianças alérgicas

    Lei abrange crianças entre 0 e 24 meses

    Publicado 19/04/2024 às 12:39 | Autor: Enfoco
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    União tem até 4 de outubro para adotar medidas
    União tem até 4 de outubro para adotar medidas |  Foto: Agência Brasil

    A entrega de fórmulas nutricionais a crianças de zero a 24 meses alérgicas à proteína do leite de vaca será obrigatória no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo decisão da Justiça Federal. Isso deve ocorrer até o dia 4 de outubro. 

    Nas farmácias, uma lata de fórmula chega a custar mais de R$ 200. O Governo Federal deve adotar todas as medidas necessárias para a nova medida.

    A decisão, em caráter liminar, atende, em parte, pedido das Defensorias Públicas do Rio e da União, em ação civil pública ajuizada no mês passado.

    Dados da Câmara de Resolução de Litígios de Saúde da cidade do Rio indicam que, de 2019 a 2022, apenas na comarca da Capital, houve 519 demandas por acesso a leites especiais/fórmulas nutricionais. 

    A determinação judicial abrange as fórmulas nutricionais incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2018 e estabelece que a União apresente plano de ação, cronograma, etapas e metas claras e bem definidas para aquisição e distribuição do produto.

    Para tanto, como pleitearam as Defensorias, a União deverá publicar, em no máximo seis meses a contar da decisão, de 4 de abril, Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Alergia à Proteína do Leite de Vaca.

    Além disso, a União, por meio da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Ministério da Saúde, terá que estabelecer "responsabilidades pelo financiamento, aquisição, distribuição e dispensação das fórmulas nutricionais incorporadas para crianças de 0 a 24 meses" com alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

    "Passados quase seis anos da incorporação ao SUS das fórmulas nutricionais para crianças com APLV de 0 a 24 meses, e com recomendação favorável à publicação do PCDT desde 2022, ainda não houve a dispensação da nova tecnologia à população infantil que goza de prioridade absoluta de proteção no ordenamento jurídico", explica a coordenadora de Saúde da Defensoria do Rio, Thaísa Guerreiro.

    Segundo ela, a decisão da Justiça Federal reconhece a necessidade e importância de se garantir a essas crianças condições de se alimentarem e se desenvolverem de forma sadia, "em pé de igualdade, com as demais".

    Para Thaísa Guerreiro, "o SUS não pode aprofundar desigualdades sociais que já assolam este país", enfatiza.

    Tags

    Enfoco

    Enfoco

    Enfoco - Informação de Verdade

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Presa dupla que arrombou casa e furtou joias em Niterói

    Próximo artigo
    >

    Professora cai de uma sala a outra após teto de escola desabar

    Relacionados em Brasil & Mundo