Atuação
Globo nega envolvimento com encenação de atentado a Bolsonaro
Cena seria de um filme do cineasta Ruy Guerra
Um vídeo que vem circulando nas redes sociais neste final de semana mostra a encenação de um suposto atentado contra o presidente da República Jair Bolsonaro (PL). Nas imagens, um personagem, com uma faixa presidencial, aparece em cima de uma moto.
Depois do ato, o mesmo homem aparece caído com manchas vermelhas sinalizando sangue pelo seu corpo. O fato gerou revolta de apoiadores de Bolsonaro, que atribuíram a produção à TV Globo, como uma forma de ataque. Membros da esquerda também receberam a culpa sobre o ato.
Através de uma nota oficial, a emissora se pronunciou negando qualquer responsabilidade sobre a produção. A cena seria de um filme, intitulado 'A Fúria' do cineasta Ruy Guerra, que fecha uma trilogia iniciada com 'Os Fuzis', em 1964, e seguida por 'A Queda', de 1976.
Veja a nota na íntegra:
"A Globo desmente que pertençam a produções suas - seja para canal aberto, canais fechados próprios ou Globoplay - vídeo e fotos que estão circulando nas redes sociais de gravação de obra ficcional mostrando um atentado ao presidente da República. A Globo não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo. Segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado 'A Fúria', que pretende fechar a trilogia iniciada com 'Os Fuzis', de 1964, e 'A Queda', de 1976.
O Canal Brasil tem uma participação de apenas 3,61% nos direitos patrimoniais desse filme, mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção. Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal."
Posicionamento do Canal Brasil:
"As imagens de um atentado ficcional ao presidente da República que estão circulando na internet compõem uma produção independente dirigida pelo cineasta Ruy Guerra, intitulada 'A Fúria', projeto de 2016. Este será o último longa-metragem da trilogia composta por 'Os Fuzis' (1964) e 'A Queda' (1976), filmes premiados internacionalmente.
O Canal Brasil, que apoia a produção independente de cinema, tem participação de 3,61% nos direitos patrimoniais da obra de ficção 'A Fúria', mas não tem nenhuma gestão sobre o seu conteúdo.
Como é de praxe, o canal não interfere nas obras que apoia, nem tampouco teve conhecimento prévio dessa cena. Ainda não assistimos a nenhum trecho do longa-metragem, que não foi finalizado por seus realizadores."
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