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    Família de SG pede ajuda para buscar corpo de soldador no Chile

    Homem morreu depois de contrair catapora no país

    Publicado 15/05/2023 às 22:19 | Atualizado em 16/05/2023 às 8:33 | Autor: Agnes Aguiar
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    Irmã informou estar correndo contra o tempo para resolver tudo
    Irmã informou estar correndo contra o tempo para resolver tudo |  Foto: Reprodução/Rede Social

    A família de Raphael Casanova, um soldador e fisiculturista de 38 anos que faleceu após contrair catapora no Chile, está preocupada com o prazo de oito dias para a resolução de todas as pendências burocráticas necessárias para a liberação e traslado do corpo para o Brasil.

    Segundo Juliana Casanova, irmã do soldador, se a família não conseguir providenciar e enviar todos os documentos necessários para o hospital onde o corpo de Raphael está, na cidade de Antofagasta, ele será enterrado no Chile como indigente. O hospital informou que só poderá manter o corpo na unidade até a próxima terça-feira (23).

    Raphael faleceu na última terça-feira (9), e sua família iniciou uma vaquinha para arrecadar fundos para trazer o corpo do brasileiro de volta para o Rio de Janeiro.

    "A vaquinha está dando super certo. Conseguimos o dinheiro necessário. Mas agora tem essa parte dos documentos, que não são simples. A gente já foi em quatro cartórios para fazer a procuração e mandar para lá. Só que nem todos os cartórios podem fazer", disse Juliana para o portal “G1”.

    Além de encontrar um cartório capaz de fornecer uma procuração juramentada e traduzida para o espanhol, a família de Raphael, que reside em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, está enfrentando dificuldades para se dirigir ao consulado do Chile, localizado na Zona Sul do Rio, onde precisa entregar a documentação necessária.

    "É bem distante, tem a questão de passagem e custos também. A nossa sorte é que as pessoas estão ajudando muito, uma tia me ajudou bastante. Mas ainda não conseguimos todos os documentos".

    Juliana ainda relatou que a mãe está muito abalada com tudo que aconteceu, e a possibilidade de não conseguir se despedir do filho a deixa nervosa.

    "Ela está bem arrasada, principalmente por conta dessa parte burocrática e sabendo que o corpo ainda ta lá no hospital. Ela quer correr com tudo e às vezes fica muito nervosa quando pensa que ele pode ser enterrado como indigente", contou Juliana.

    A irmã de Raphael Casanova destacou que a saúde da mãe deles é um motivo de preocupação adicional, e que dar a notícia da morte do irmão para a mãe foi difícil. 

    "Ela estava trabalhando, ela é cuidadora de idosos no Rio. Quando eu soube da notícia, eu não quis falar por telefone. Eu tava muito preocupada em como ela iria receber essa notícia. Então eu chamei um dos meus irmãos e fui até o trabalho dela. O pior é que ela já tava sentindo que alguma coisa estava errada. Foi bem difícil", completou Juliana.

    Juliana tem mantido contato com uma amiga de Raphael no Chile, que ajudou a descobrir os documentos necessários para a liberação do corpo do brasileiro no hospital chileno. 

    Raphael se mudou para Antofagasta há seis anos em busca de uma vida melhor, onde trabalhava como soldador, uma profissão que já exercia no Brasil. Entretanto, a paixão dele era o fisiculturismo e ele participava de concursos e até ensinava outras pessoas como conseguir resultados físicos na academia, o que lhe rendia uma segunda fonte de renda no Chile.

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