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    Estudo comprova que pulseira pode identificar o Covid-19

    Produto detectou sintomas em 68% dos casos

    Publicado 22/06/2022 às 18:02 | Autor: Enfoco
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    Bracelete é usado para medir a fertilidade de mulheres.
    Bracelete é usado para medir a fertilidade de mulheres. |  Foto: Reprodução Instagram

    Uma pulseira, que possui o objetivo de detectar o período fértil das mulheres, conseguiu encontrar a presença de Covid-19 antes dos sintomas aparecerem nas pessoas. A informação foi publicada nesta terça-feira (21) na revista científica BMJ Open.

    A descoberta foi feita por um grupo de especialistas que pesquisam o uso de aparelhos eletrônicos para identificação e monitoramento da doença. O bracelete da marca AVA identificou 68% dos casos antes dos sinais do vírus aparecerem no infectado. A análise foi feita em 1.163 pessoas com idade entre 40 e 50 anos.

    “(O estudo) mostrou que a detecção pré-sintomática de alterações relacionadas à Covid-19 nos parâmetros fisiológicos utilizando uma pulseira de sensor é algo viável. Nós encontramos mudanças significativas na frequência cardíaca na e temperatura do pulso ocorrendo em pacientes positivos para Covid-19 durante o período pré-sintomático. O novo algoritmo detectou 68% das infecções por SARS-CoV-2 confirmadas em laboratório dois dias antes da ocorrência dos sintomas”, escreveram os pesquisadores do estudo.

    A pulseira utiliza três sensores para medir frequências do corpo como a respiratória e cardíaca, a temperatura da pele, o sono e outros aspectos, além da fertilidade. O produto foi o primeiro dispositivo autorizado para medir o período fértil pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, que equivale à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.

    Estudo

    Os participantes usaram o bracelete durante a noite entre abril de 2020 e março de 2021. Quando os sintomas eram identificados, os usuários realizavam testes RT-PCR para confirmar. Mais de um milhão de horas foram coletadas para análise.

    O estudo comprovou que as frequências cardíaca e respiratória tiveram mudanças durante o período de incubação, que corresponde ao tempo entre infecção e surgimento de sintomas, o pré-sintomático, o sintomático e o de recuperação do vírus.

    Quem estava com Covid-19, apresentou uma respiração a mais por minuto durante a noite, tendo a frequência cardíaca acelerada. No período de incubação e pré-sintomático, houve um aceleramento do coração e um aumento na temperatura do pulso. Os cientistas então concluíram que a pulseira pode detectar o vírus ao menos dois dias antes do surgimento dos sintomas em 45 dos 66 casos. 

    “Nossa pesquisa mostra como esses dispositivos, em parceria com a inteligência artificial, podem ultrapassar os limites da medicina personalizada e detectar doenças antes dos sintomas, potencialmente reduzindo a transmissão do vírus nas comunidades”, escreveram os cientistas no estudo.

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