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    Estudantes que zombaram de colega pela idade desistem da faculdade

    As três jovens resolveram não voltar à universidade em São Paulo

    Publicado 16/03/2023 às 15:17 | Autor: Enfoco
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    As meninas foram criticadas na internet após o vídeo
    As meninas foram criticadas na internet após o vídeo |  Foto: Reprodução

    As três jovens que fizeram um vídeo debochando de uma colega de sala que tinha mais de 40 anos em uma universidade em Bauru, em São Paulo, desistiram da graduação. A Unisagrado afirmou, nesta quinta-feira (16), que as jovens desistiram do curso de Biomedicina. As meninas Giovana Cassalatti, Beatriz Pontes e Bárbara Calixto ficaram com medo de retornar às atividades após o linchamento virtual que afirmam que sofreram com o vídeo que chegou a mais de 7 milhões de visualizações. 

    O vídeo, que viralizou na última sexta-feira (10), mostra as três alunas debochando de uma colega de turma que tem 44 anos. “Gente, quiz do dia: como ‘desmatricula’ um colega de sala?”, diz uma delas nas imagens. Uma segunda menina fala:  “Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada”. E a terceira afirma: "Realmente". O vídeo foi postado de forma restrita no Instagram de uma delas, apenas para 15 amigos no Close Friends, mas, segundo elas, vazou.  

    Na época, a universidade publicou uma postagem com diversos valores que a instituição acreditava e indo contra a discriminação. Dentre os valores defendidos pela instituição particular, temos: "aprendizado por toda a vida", "a valorização do ser humano é indispensável" e outros. 

    Sobre o caso, a faculdade disse que havia aberto um processo disciplinar para apurar os fatos, mas, com a solicitação de desistência da matrícula das jovens, esse processo foi finalizado por ter perdido "o seu objeto". 

    O advogado de Giovana informou ao "G1" que a menina está com medo de voltar "às atividades na universidade, em razão das ameaças que vem sendo feitas" e que eles não foram informados sobre o processo interno que a faculdade diz ter aberto. 

    "Os fatos ganharam tamanha proporção que as jovens passaram a ser alvo de ameaças de morte e agressão, o que lhes impede de retomar suas vidas cotidianas. Trata-se, pois, de sequelas infinitamente maiores às, supostamente, impelidas a quaisquer dos personagens envolvidos no caso", disse uma parte da nota de um dos advogados de uma das meninas. Ele ainda afirmou que o preconceito etário, racial, social, religioso, de gênero e todas as suas demais expressões não é um dos valores pregados por Giovana. 

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