Junho Verde
Escoliose: saiba os riscos de ter deformidade na coluna
Cerca de 1,6 milhão de brasileiros sofrem com o problema
No Junho Verde, mês de conscientização para alertar as pessoas sobre a escoliose, é importante entender que há deformidades físicas que precisam ser tratadas precocemente para amenizar traumas e melhorar a vida das pessoas. O alerta é da Sociedade Brasileira de Escoliose (SBE).
“Ao contrário do que muitos acreditam, a escoliose não é causada por uma simples má postura. A condição é uma deformidade musculoesquelética que causa desvio lateral e tridimensional na coluna, podendo ser de origem idiopática – sem causa definida –, congênita, neuromuscular, de início precoce ou degenerativa do adulto”, explica a escritora Julia Barroso, autora dos livros “A Menina da Coluna Torta” e “A Mulher da Coluna Torta” que falam de sua experiência com a escoliose.
Segundo a OMS, a deformidade afeta de 2% a 4% da população mundial, sendo mais de 50 milhões de crianças atingidas.
Segundo a OMS, a deformidade afeta de 2% a 4% da população mundial, sendo mais de 50 milhões de crianças atingidas.
Julia, que também é membro da SBE, conta que, entre os tratamentos conservadores possíveis, existem os exercícios de fisioterapia específicos para a escoliose, combinado com o uso do colete ortopédico, dependendo da situação do paciente. Já para casos mais severos, a cirurgia é o tratamento indicado.
“Crescer e desenvolver uma autoestima enquanto menina é algo complexo, mas a escoliose, com certeza, deixou tudo mais difícil para mim. Enquanto estamos nos acostumando com as mudanças corporais, eu buscava sobrepor blusas para esconder o colete, que, na minha época, era horroroso, medieval”, relembra.
'A mulher da coluna torta'
A escritora, que é formada em Jornalismo e vive em São Paulo, descobriu que sofria de escoliose aos 11 anos. Em ambos os livros, Julia relata como foi crescer com a deformidade, ser operada para reduzir o desvio de 60º e seguir com os desafios da fase adulta, ao se tornar mãe.
Os problemas não se resumem à questão estética. Se, no início, não sentimos dores, elas podem aparecer na fase adulta. Um elevado grau pode afetar até o funcionamento pulmonar. Mas, se descobrimos logo e fazemos o devido tratamento, seja por colete, fisioterapia ou operação, podemos viver uma vida normal.
Julia realiza, há anos, um trabalho de conscientização por meio dos seus livros, palestras, redes sociais e do seu blog A Menina da Coluna Torta: www.ameninadacolunatorta.com.
“Hoje, sou uma mulher de 42 anos e vejo que muita coisa melhorou nesse meio tempo. Os coletes estão diferentes, menores e mais adequados. E, se por um lado, as redes sociais nos mostram uma perfeição irreal, também nos trazem uma nova geração de meninas que têm escoliose e que mostram a sua realidade. Queremos mostrar para mais pessoas que descobrem esse desvio na coluna que está tudo bem e que a vida também é bela tratando e convivendo com a escoliose”, declara.
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