Escalada de pânico com novo Coronavírus derruba ações

A negociação da bolsa de valores de São Paulo, a B3 (Ibovespa), enfrenta seu quarto dia de crise. Diante da desvalorização abrupta dos ativos nesta quinta-feira (12), as negociações foram suspensas duas vezes — mecanismo conhecido como circuit breaker, acionado para evitar colapso no mercado financeiro quando as negociações sofrem quedas acima de 10%.

A primeira suspensão foi logo no início do pregão. Como as negociações abriram com queda de 11%, uma suspensão de meia hora foi por determinada às 10h20. As negociações voltaram a ser interrompidas por volta das 11h30, quando o volume de negociações da Ibovespa caiu 15,4%.

No retorno da segunda interrupção, o índice Ibovespa deteriorou para 17,4%. Se a desvalorização prosseguir ao longo da tarde, as operações da bolsa podem ser suspensas por tempo indeterminado.

Com as interrupções, a bolsa chegou a 4ª suspensão desde segunda-feira (9), quando a escala de pânico com o coronavírus tomou corpo. Na quarta-feira (11), outro circuit breaker foi acionado após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia mundial.

As empresas que mais perderam valor foram a seguradora Sulamérica (SULA11), com queda de 29%, e a companhia aérea Azul (AZUL4), com queda de 27%. Os papeis da Petrobrás (PETR4) também atingiram o menor valor dos últimos três meses, com derrocada histórica de 20,3%.

As bolsas de valores dos Estados Unidos, Europa e Ásia também enfrentam crise desde o início da semana, quando foi travada, ainda, a disputa pelo menor preço do petróleo entre a Arábia Saudita e a Rússia.

Dólar em alta

A crise atingiu, ainda, a moeda, que alcançou o seu menor valor desde o Plano Real, em 1994. O dólar comercial abriu em forte alta e chegou a ser negociado a R$ 5,02 no mercado. No entanto, após o Banco Central determinar o leilão da moeda, o dólar recuou.

A cotação oficial para compra e venda estacionou em R$ 4,89. O valor representa uma desvalorização diária de 6% em relação à moeda norte americana.

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