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    Economia

    Entenda o fim da paridade de preços internacionais da Petrobras

    Economista diz como nova medida pode beneficiar o consumidor

    Publicado 16/05/2023 às 13:38 | Atualizado em 16/05/2023 às 13:54 | Autor: Laís Dias
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    O diesel e a gasolina estão em seus patamares mais baixos desde agosto de 2021
    O diesel e a gasolina estão em seus patamares mais baixos desde agosto de 2021 |  Foto: Marcelo Tavares

    A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (16), o encerramento da política de paridade de preços entre o petróleo e seus derivados, como gasolina e diesel, em relação ao dólar e ao mercado internacional. A medida passa a valer a partir desta quarta (17). O economista e professor de MBAs da FGV Robson Gonçalves explica que essa mudança pode ser uma reposta à queda do dólar, que ainda no início do mês estava em R$ 5 e atualmente está cotado em R$ 4,90.

    "É como se a Petrobras fizesse uma primeira adequação aos preços internacionais para depois mudar sua política e passar para uma política baseada em custos. Essa redução afeta a lucratividade da Petrobras, e a gente vai aguardar para ver como os acionistas vão reagir", disse. 

    Ainda segundo o economista, o fim da paridade de preços internacionais desloca o seu mecanismo de formação de preços para os custos. Para Robson, foi uma mudança ousada da estatal e que ainda precisa ser testada.

    "Acredito que essa política ainda precisa ser testada na prática. A periodicidade em que a Petrobras vai fazer os reajustes baseado nos custos ainda não foi definida, é aleatória. Então a gente precisa de uns meses para ver até que ponto isso beneficiará de fato os consumidores e os acionistas", explicou. 

    A Petrobras anunciou a última queda no preço da gasolina em 28 de fevereiro, enquanto a última redução para o diesel ocorreu em 28 de abril. Com esses novos valores, o diesel e a gasolina estão em seus patamares mais baixos desde agosto de 2021.

    O diesel e a gasolina estão em seus patamares mais baixos desde agosto de 2021

      

    E O CONSUMIDOR?

    Pensando no bolso do consumidor, a principal vantagem disso é a diminuição da instabilidade. "O grande benefício disso para o consumidor é a redução da volatilidade. O preço de petróleo tem tido muitos altos e baixos nos últimos meses. Isso foi intensificado tanto pela pandemia quanto pela guerra da Ucrânia, e nós estávamos vivendo um contexto de muita incerteza em relação aos preços dos combustíveis aqui no Brasil", ressaltou o economista. 

    COMO FUNCIONAVA ANTES 

    Anteriormente, conforme a norma vigente desde 2016, o preço desses produtos no mercado interno acompanhava as flutuações internacionais, sem intervenção governamental para garantir preços mais baixos. A estatal comunicou o término desse mecanismo automático.

    De acordo com o comunicado, "os ajustes continuarão a ser realizados sem periodicidade definida, a fim de evitar a transferência da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio para os preços internos".

    O preço do litro do diesel sofreu uma queda de R$ 0,44, ou 12,8%, passando de R$ 3,46 para R$ 3,02. Enquanto isso, o litro da gasolina apresentou uma redução de R$ 0,40, ou 12,6%, caindo de R$ 3,18 para R$ 2,78.

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