Ai!
Dói no bolso! Remédios ficam 5,6% mais caros a partir deste sábado
Aumento atinge cerca de 10 mil medicamentos
A partir de hoje, haverá um aumento de até 5,6% no valor dos remédios. Esses índices são revisados anualmente pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), com base em uma fórmula que leva em conta a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos 12 meses até fevereiro do ano seguinte.
O aumento não afeta diretamente os preços praticados nas farmácias, já que a Cmed estabelece apenas o valor máximo que cada remédio pode alcançar no mercado, sem agir como tabelamento de preços. Em comunicado, o Sindusfarma afirmou que os últimos anos foram atípicos para o setor farmacêutico, especialmente devido à pandemia da COVID-19 e à incidência de sintomas pós-Covid, que elevaram os preços. O sindicato também citou a guerra da Ucrânia como um fator que aumentou os gastos com logística.
O aumento este ano vai atingir cerca de 10 mil medicamentos disponíveis no mercado brasileiro.
A entidade destacou que o reajuste não é imediato nem automático e pode levar meses para ser aplicado, dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais das farmácias e drogarias. É importante que o consumidor pesquise os preços e esteja atento às melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde, já que nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor sem autorização do governo. O Sindusfarma recomenda que os consumidores pesquisem nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos.
Um estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que o teto dos preços dos remédios não impede reajustes abusivos nas compras realizadas pelos consumidores em farmácias. É o caso, por exemplo, do Clavulin, antibiótico, que pode chegar até 86% de diferença nos preços. Já nos medicamentos genéricos, a variação ficou entre 384% no omeprazol, remédio para gastrite, e 91,9% no atenalol, um anti-hipertensivo.
Para a coordenadora do Programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarréte, o consumidor deve pesquisar em sites ou lojas físicas ou até participar de programas das empresas que pedem o CPF para encontrar os melhores valores.
"O Idec recomenda que o consumidor, primeiro de tudo, pesquise, nunca aceite o primeiro preço que ele encontrar, ele pode fazer isso na internet, ligando na farmácia. Uma outra coisa é avaliar a participação em programas como Farmácia Popular, faz muita diferença um programa como esse e ele pode dar desconto de até 90% em alguns medicamentos."
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