Brasil & Mundo
Diabético é curado com tratamento nos Estados Unidos
O norte-americano Brian Shelton, de 64 anos, pode ser o primeiro curado, no mundo, da diabetes tipo 1. Isso por conta de um novo tratamento com células tronco. O aposentado faz parte de um estudo clínico que envolve 17 pessoas e está respondendo positivamente ao processo.
A vida de Brian foi inteira comandada pela diabetes. Quando o nível de açúcar no sangue caía, ele perdia a consciência sem avisar, inclusive resultando em acidentes. Enquanto trabalhava pelo serviço postal dos Estados Unidos, Brian desmaiou no quintal de um dos clientes quando entrevaga uma correspondência. O feito fez com que o seu supervisor o aposentasse aos 57 anos.
Foi a esposa de Brian que descobriu, no começo do ano, o ensaio clínico da farmacêutica Vertex. A empresa estava realizando testes de um tratamento desenvolvido ao longo de décadas por um cientista que prometeu achar uma cura para os próprios filhos, que contraíram a doença.
Em 29 de junho, Brian Shelton recebeu uma infusão de células, cultivadas a partir de células-tronco, como as células do pâncreas produtoras de insulina que faltavam em seu corpo. Com o tratamento, seu corpo passou a controlar automaticamente os níveis de insulina e de açúcar no sangue.
Através do estudo, Shelton pode ser a primeira pessoa do mundo a ser curada da doença. Especialistas em diabetes ficaram animados com os resultados, mas pediram cautela. A pesquisa continuará por mais cinco anos envolvendo 17 pessoas com diabetes tipo 1. A tipo 2 não está incluída no processo.
Diabete tipo 1
A doença destrói as ilhotas secretoras de insulina presentes no sistema imunológico do pâncreas. Geralmente, a diabete tipo 1 começa por volta dos 13 ou 14 anos. Diferente da tipo 2, ela é rapidamente letal, ao menos que os pacientes recebam injeções de insulina.
Os pacientes correm o risco de ficar cegos. A diabetes é a principal causa de insuficiência renal e as pessoas correm o risco de amputar pernas e morrer durante o sono, por causa da diminuição de açúcar no sangue. Este tipo da doença aumenta a probabilidade de sofrer um ataque cardíaco ou derrame.
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