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Covid-19: uso emergencial de vacina é solicitado nos EUA
A farmacêutica Pfizer vai solicitar aos reguladores de saúde dos Estados Unidos nesta sexta-feira (20) a autorização de uso de emergência (EUA) de sua vacina, sendo a primeira aplicação em um grande passo para fornecer proteção contra o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi confirmada pela agência Reuters.
O pedido para a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos chega poucos dias depois que a Pfizer e a parceira alemã BioNTech relataram os resultados finais do ensaio que mostraram que a vacina foi 95% eficaz na prevenção de Covid-19 sem grandes problemas de segurança.
Em caso de concretização, o cenário se tornará histórico devido a quebra de protocolos sanitários para uso de vacina, antes do período final de testes, podendo haver margem para experiência em outros países, inclusive o Brasil.
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, confirmou à agência internacional que a solicitação foi feita em um vídeo postado no site da empresa nesta tarde de sexta.
As ações da Pfizer subiram 1,3% e as ações da BioNTech subiram 9,3% em Nova York no final da tarde, já que a possibilidade de uma vacina logo aumentou as esperanças pelo fim de uma pandemia que ceifou mais de um quarto de milhão de vidas nos Estados Unidos e mais de 1,3 milhões em todo o mundo.
As empresas esperam que o FDA conceda os EUA em meados de dezembro e disseram que começarão a embarcar doses quase imediatamente. A Pfizer disse que espera ter 50 milhões de doses de vacinas prontas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas.
Um comitê consultivo do FDA planeja se reunir entre 8 e 10 de dezembro para discutir a vacina, disse uma fonte familiarizada com a situação à Reuters, embora as datas possam mudar.
Os dados finais do ensaio mostraram que a vacina forneceu um nível semelhante de proteção em diferentes idades e etnias - um resultado encorajador, pois a doença fere desproporcionalmente os idosos e as minorias.
Dos 170 voluntários que contraíram Covid-19 no estudo da Pfizer envolvendo mais de 43.000 pessoas, 162 receberam apenas um placebo, o que significa que a vacina foi 95% eficaz, muito maior do que o inicialmente esperado. O FDA dos EUA estabeleceu um limite mínimo de eficácia de 50%.
A Pfizer disse à Reuters que quase 42% dos participantes globais e 30% dos participantes dos EUA no estudo de Fase 3 têm origens racial e etnicamente diversas.
Relembre
A farmacêutica Pfizer já esperava obter o registro de sua vacina contra a Covid-19 na Food and Drug Administration (FDA, agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos) em dezembro, o que permitiria iniciar a vacinação nos Estados Unidos ainda neste ano.
Ao participar de um simpósio online no último dia 11, promovido pela Academia Nacional de Medicina, o presidente da companhia no Brasil, Carlos Murillo, adiantou que 50 milhões de doses estarão disponíveis já neste ano, e o total para o ano que vem chega a 1,3 bilhão de doses para todo o mundo.
"No caso do Brasil, ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil", disse Murillo na ocasião, que explicou que a empresa e o governo ainda estão em negociação.
Com Agência Brasil
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